Emoções em Conflito
via Partículas da Fonte de HigherThanEagle em 12/01/11
Não são as emoções que nos tornam humanos, mas o controle que temos sobre elas. Essa é a verdadeira racionalidade existencial, a qual se fundamenta no total equilíbrio de nós mesmos diante da experiência física. Não há progresso quando elas superam nossa vontade, quando explodem causando uma baixa vibracional no ambiente ao redor, apenas o desperdício de energia. E embora muitas pessoas gostem de dizer que elas é que nos diferenciam dos animais, na verdade isso é apenas uma armadilha conceitual, visando o caos emocional. Pois o que nos diferencia dos animais é nossa capacidade de fazer escolhas, tomar decisões.
Um dos fundamentos para se alcançar a Liberdade Espiritual é o Desapego. E para alcançar o desapego é necessário a Independência Emocional, estado em que só damos atenção aos sentimentos que nos fazem bem, deixando de lado os negativos, ou seja, expandimos os sentimentos positivos e contraímos os negativos.
A experiência física está sob o contexto da dualidade. Muitas pessoas tendem a condená-la, às vezes até impondo uma escolha, quando na verdade a libertação e o total controle de sua experiência física e existencial está no equilíbrio, na perfeita dosagem entre as trevas e a luz. Quem não conhece as trevas de seu coração, não pode compreender o que é a luz. A dualidade não deve ser condenada, deve ser compreendida, aceita e respeitada para o aprendizado e evolução de todos nós.
Sendo assim, devemos começar a enxergar o mal, o lado negativo, de maneira diferente. Vendo-o não como algo a ser temido, repudiado, odiado, mas algo a ser respeitado. E esta é a lição mais difícil: Respeitar os Opostos. Por quê? Porque as trevas estão no coração do homem. E aquele que não consegue enxergar e aceitar isso, está fadado a viver como um escravo de suas próprias limitações, uma vez que cria um contraponto a ser combatido, ou de forma mais branda, evitado. E isso é uma forma de Medo. Medo do lado escuro de sua própria alma.
Mas o que poucos entendem é que isso favorece a perniciosidade da dualidade, o desequilíbrio existencial. A Unidade não é a escolha de um dos lados, não é tampouco a escolha dos dois. A Unidade é a aceitação de ambos os lados, mas a escolha de não escolher nada.
Isso porque não há nada a escolher em um nível abrangente. É tudo parte da mesma realidade, da mesma experiência, da mesma visão a respeito do mundo. Como o Yin Yang, luz e trevas fazem parte do mesmo círculo, ou como Matrioshkas, bonecas russas, cada uma dentro de outra maior. Como já dissemos anteriormente, o que deve ser compreendido é que a elevação ou diminuição de determinado sentimento deve servir a um propósito apenas, o de caminhar para sua própria luz. E para isso, obviamente, devemos realizar subescolhas que nos ajudem a encontrar essa luz. Então os sentimentos positivos devem ser duplicados, triplicados, e os negativos devem se deixados de lado.
Mas veja, querido leitor, que isso não significa repudiar a negatividade, ao contrário, fazendo isso estará apenas criando um vazio em si mesmo, evitando então a verdadeira compreensão sobre si e o universo, uma vez que está no equilíbrio das polaridades a evolução definitiva.
Deste modo, se você quer alcançar a Liberdade Espiritual, inevitavelmente deverá caminhar para a Luz, que é de onde todos viemos. E para isso, terá que priorizar a positividade. Mas não condene o negatividade baseando-se nisso. Este é um erro que impediu que muitos "subissem" de nível. Escolher caminhar para a luz não significa renegar as trevas. Uma coisa não exclui a outra.
O Equilíbrio
Entenda desta maneira: o Amor é a Luz Primordial, portanto é a origem de tudo. Luz e Trevas são partes do amor, e este as aceita, as ama e as respeita do jeito que são. Todavia, as Trevas não existem em todos os andares do "Arranha-Céu Evolutivo". Em determinada altura, elas não conseguem mais subir. A partir de então, a Unidade ganha finalmente a literalidade e passa apenas a representar a Luz, uma vez que agora as trevas estão totalmente dissolvidas nesta Luz, não sendo mais distinguíveis.
Para alcançar este andar em que não mais existe trevas, é necessário subir vários níveis rodeado das mesmas. E você não pode sentir medo, repulsa, ódio por elas. Não pode querer superar a escuridão destes andares com luta. Você deve reconhecer que está no escuro, entender que não está enxergando nada, mas escolher por fazê-lo. E como se faz isso? Acendendo a luz. A sua luz. Ilumine as trevas para que você possa caminhar, se localizar e subir todos os andares até onde elas não mais o alcancem.
Mas veja, que nestes andares inferiores elas sempre vão estar ao seu redor, quer você queira ou não. Por isso, não lute contra elas. Aceite-as como são, ame-as como são, respeite-as como são, tente ver que nestas trevas também há beleza. Faça com que sua luz dance com a escuridão, e não que brigue com a mesma. Este é o verdadeiro equilíbrio.
Muitos terão dificuldades de controlar suas emoções nesta jornada. Vão querer extravasar. Isso não é errado, deve ser feito sempre que sentir que a repressão delas está sendo destrutiva. Mas você não deve estancar para sempre neste estado. É preciso sempre buscar a não afetação, a não tomada de partido, a não ofensa. Você deve colocar-se no seu lugar de divindade. Seja superior. Tenha auto-estima. Você é um ser magnifíco, uma Partícula da Fonte Primordial. Não deveria se sentir ofendido, não deveria ficar enojado por nada, não deveria ficar traumatizado, não deveria se martirizar. Seja a grandeza que você de fato é!
Em determinado momento, isso será natural. Se sua busca for de fato pela luz, pelo seu verdadeiro lar, haverá uma hora em que nada mais irá desestabilizá-lo, nada mais irá baixar sua vibração, e tudo o que seu coração permitirá será luz, amor e paz. Até lá, todavia, você ainda pode cometer estes "deslizes emocionais". Não há problema nenhum nisso. Você está em uma fase de aprendizado. Mas a noção do tempo linear da 3D se acelera a cada instante, e sua Mestria precisa ser abraçada o quanto antes.
Ao Ego o que é do Ego
Toda reação provém do Ego. Repito: Toda reação provém do Ego. Pois é isso que ele faz, reagir, se ofender, tomar partido, discutir, ficar mordido, enojado, inferiorizado, obscurecido, etc. O Eu Superior diante de uma situação de negatividade não reage, ilumina. Não luta contra as trevas, convida-a para dançar. A compaixão é fruto do Eu Superior, e é ela quem cria a empatia, a calma diante de uma situação.
O choro é o extravasamento da angústia contida. E se há angústia, é porque a casa não foi limpa corretamente. As crianças choram pela angústia de suas limitações, sua impotência diante de um mundo novo e abrasador. São indefesas e não conseguem se comunicar, por isso choram. Já os adultos choram pela sujeira acumulada, por suas dores, temores, tristezas, angústias, decepções, raiva, etc. Somente limpando a casa, e todos os sentimentos que o distanciem da luz, é que as lágrimas negativas irão embora.
Existem vários degraus para se chegar ao Amor Incondicional, que abraça da mesma maneira tanto Luz quanto Trevas. O primeiro degrau é a Gratidão. Mas esta gratidão é a gratidão universal, pelo bem, pelo mal; pelo belo, pelo feio; pelo positivo, pelo negativo. Quando conseguimos agradecer até pela escuridão direcionada a nós, já podemos subir um degrau.
O próximo é este que falamos, a Independência Emocional. De ambos, gratidão e independência emocional, surge o Desapego em sua plenitude. Vê como tudo se encaixa, querido leitor? Assim é a evolução, um passo de cada vez, um degrau de cada vez.
Então, querido leitor, compreenda que toda a manifestação de alguma reação de qualquer espécie é o seu Ego vindo à tona. Como dissemos, não reprima tal reação se ela estiver lhe causando muito desconforto. Todavia, aprenda a se controlar. Tenha sempre em mente a verdadeira realidade deste mundo. Isso vai facilitar seu entendimento e controle emocional. Estas reações são aceitáveis, pois você está aprendendo. Mas não queira ser um aprendiz para o resto desta vida. Torne-se logo um mestre.
Vamos na Paz.