Nosso corpo físico, que como o perispirítico é instrumento, de nosso espírito, tem na estrutura de seu órgão principal, o cérebro, máquina das máquinas, o comando de busca a seus registros, que nas máquinas chamamos de search. Esse comando de nosso cérebro físico -muito provavelmente idem no perispiritual-, tem uma particularidade interessante, partindo de experiência pessoal razoavelmente repetida com mesmo resultado e assim confirmada : nosso search, uma vez acionado, não pode ser cancelado, isto é, quando o usuário automaticamente o aciona tentando lembrar de alguma coisa, mesmo que desista a meio caminho, sendo possível seu search trará o registro solicitado logo, pouco ou algum tempo depois, dependendo de há quanto tempo o registro não é lembrado etc., trazendo o resultado de busca à mente mesmo que dele se tenha desistido. Esse comando é automático e parece assim involuntário, como o bater do coração.
Curiosa a automação cerebral e seu estudo é super útil para otimizar sua utilização, principalmente conscientizando o ser desse automatismo instrumental que não existe só no search, fazendo-o confiar mais em sua máquina e assim aproveitar melhor seu uso.
No processo de aprendizado é particularmente utilíssima a conscientização do funcionamento instrumental automático, porque permite aproveitar praticamente toda a capacidade e velocidade de nosso cérebro.
Basta no aprendizado prestar atenção no que está sendo aprendido, para com isso acionar-se o raciocínio, que por sua vez acionará o registro das conclusões, em absoluto devendo haver no ser aprendiz preocupação em armazenar e sim deixando isso totalmente por conta de sua máquina, fixando-se no que vai rolando na hora e sem voltar ao aprendido para checar se armazenado. Claro que, sempre que alguma coisa não for entendida, voltar a ela na primeira oportunidade para reexaminar e assim processar corretamente o aprendizado e registro. E se de sua assimilação depender as seguintes parar aí para esse reparo.
Isso deveria ser ensinado logo cedo nas escolas e mediante experimentação prática para o alunado sentir acontecendo em si, expondo-se o funcionamento comparadamente a uma máquina, ensinando algumas coisas e no final da breve exposição perguntar sobre alguma coisa para checagem e confirmação em cima do lance.
A chave do sucesso nessa técnica está precisamente em confiar em nossa cabeça e em prestar atenção para captar e assimilar no automático. É exatamente assim: Prestar atenção, e deixar a cabeça trabalhar sozinha, confiando nela, sem atrapalhar seu trabalho.
Naturalmente que boa parte do ensino dependerá do professor, que terá de ser capacitado nessa técnica, e executar a aula sem se fazer anotações e em exposições precisas, porque se a exposição se tornar maçante ou se ficar anotando a cabeça sai da concentração e começam a vir pensamentos externos, cansando o alunado a desperdiçar energias no esforço de manter a concentração, que debilitará a de aprendizagem.
O que é necessário para aprender e armazenar é só prestar atenção relaxadamente para entender. O resto a cabeça faz sozinha.
Porque a tendência, na inexecução desse método pela falta da respectiva conscientização, é o ser não ficar relaxado e sim preocupado e tenso se está ou não memorizando o que rola, inclusive voltando atrás em checagens, o que desconcentra a função cerebral de captação e armazenamento diminuindo-lhe a eficiência.
De um modo geral, a postura do ser é prestar atenção sempre relaxada e confiantemente para assimilar corretamente o que vive.
Do mais, deixe sua instrumentação, obra-prima da Natureza, cuidar.