28/03/2013
Quaresma
TEMPO PRIVILEGIADO DE REFLEXÃO E CONVERSÃO
A palavra Quaresma vem do Latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias no qual os católicos realizam a preparação para a Páscoa, a mais importante festa do calendário litúrgico, que celebra a Ressurreição de Jesus, o substrato principal da fé cristã. Neste período, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os fiéis são convidados a fazerem um confronto especial entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Este confronto deve levar o cristão a aprofundar sua compreensão da Palavra de Deus e a intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé. O surgimento da Quaresma
Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos resolveram preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Entretanto, não bastava apenas preparar a festa. Era preciso prolongá-la para que todos pudessem participar e tirar dela o máximo proveito possível. Criou-se, então, um período especial de 50 dias (sete semanas), no qual os cristãos comemorariam a Ressurreição de Cristo. Este período, conhecido atualmente como Tempo Pascal, começa no domingo de Páscoa e termina em Pentecostes, o dia em que o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos, que estavam reunidos com Maria no Cenáculo. Durante os 50 dias de comemoração da Ressurreição de Jesus, rezava-se em pé, o jejum era proibido e eram administrados os batismos.
Por volta do ano 350 d. C., a Igreja decidiu aumentar o tempo de preparação para a Páscoa de três para quarenta dias. Isto aconteceu porque os cristãos perceberam que três dias eram insuficientes para que se pudesse preparar adequadamente a festa da Páscoa. Surgia, assim, a Quaresma.
O número quarenta é bastante significativo dentro das Sagradas Escrituras. O dilúvio teve a duração de quarenta dias e quarenta noites e foi a preparação para uma nova humanidade. Durante quarenta anos o povo hebreu caminhou pelo deserto rumo à terra prometida. Antes de receber o perdão de Deus, os habitantes da cidade de Nínive fizeram penitência por quarenta dias. O profeta Elias caminhou quarenta dias e quarenta noites para chegar à montanha de Deus. Preparando-se para cumprir sua missão entre os homens, Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites. Moisés fez o mesmo.
Os povos antigos atribuíam ao número quarenta diversos significados. Um deles tem importância especial para os cristãos: dimensionar períodos de preparação para acontecimentos marcantes na História da Salvação.
O que o cristão deve fazer durante a Quaresma?
Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus. É exatamente isso o que nos pede Jesus nos Evangelhos. Buscar o Reino de Deus significa lutar para que exista justiça, paz e amor em toda a humanidade; significa não fechar os olhos às mil crianças que morrem diariamente de fome nas cidades brasileiras, aos dez milhões de brasileiros desempregados, às vítimas da falta de atendimento médico, da falta de moradia, da violência que mata uma pessoa a cada dez minutos somente na cidade de São Paulo, da educação precária e da corrupção presentes no cenário sócio-político-econômico de um país que ocupa a oitava colocação no ranking das maiores economias do mundo, ao mesmo tempo que, paradoxalmente, possui um dos piores níveis de distribuição de renda e de qualidade de vida do planeta; significa preservar todas as formas de vida existentes no universo; significa, enfim, abandonar o egoísmo, o orgulho, os preconceitos, a ganância, a inveja e todos os sentimentos negativos para uma adesão incondicional à construção de uma sociedade justa e fraterna, reflexo autêntico do Reino anunciado por Cristo com sua vida, morte e Ressurreição. E para que esta adesão seja verdadeira, é preciso que o cristão mantenha-se em permanente sintonia com a vontade divina, o que somente é possível através da reflexão, da oração, da meditação, da conversão livre e sincera à Palavra de Deus e da prática da caridade, princípios fundamentais do cristianismo. Sem a observância destes princípios, jamais conseguiremos estreitar nossas relações com Deus, melhorar o relacionamento com nossos irmãos e com a natureza e vivenciar uma religiosidade autêntica, caminho seguro para a construção e preservação da dignidade humana e da paz no novo milênio que se aproxima.
O que é quaresma?
É o tempo de preparação para a festa da Páscoa, a maior festa do Cristianismo. Um tempo em que devemos viver na reflexão e oração, tomando consciência dos compromissos que assumimos pelo nosso Batismo. Tempo de jejum, penitência e conversão.
A Quaresma começa na Quarta-Feira de Cinzas, que sempre cai entre os dias 4 de fevereiro e 11 de marco, e termina na quarta-feira da Semana Santa. A cor é roxa. Abrange seis domingos. Na última semana, voltamos toda a nossa atenção para a Paixão de Cristo, desde sua entrada solene em Jerusalém (Domingo de Ramos) até sua morte e sepultura.
São quarenta os dias da Quaresma. E nesse período que a Igreja no Brasil promove a Campanha da Fraternidade, para valorizar mais ainda esse fecundo tempo litúrgico. No ano A, predomina o tema do Batismo, com suas exigências na seqüência dos Evangelhos; no ano B, o tema de Cristo glorificado por sua morte e ressurreição, fonte da restauração da dignidade humana; e no ano C, os fiéis são convidados a penitência ou conversão, condições para a nova aliança em Cristo Jesus, selada no Batismo e a ser renovada na Páscoa.
Um pouco de história
Há uma primeira pergunta que é fundamental: quando foi que a Igreja começou a celebrar este período de tempo?
Sabemos que hoje a Quaresma é um período de 40 dias, estabelecido como preparação para a festa litúrgica da Páscoa.
E por que 40 dias?
A resposta está, exatamente, no modo de entender números na Bíblia. Já anotamos que a numerologia bíblica não tem o sentido de quantidades definidas que nós, hoje, damos aos números. Seu valor é mais simbólico. Alguns exemplos tornam mais clara a resposta. "Desde o final do século IV a Igreja valoriza a preparação para a Páscoa, através de um período de 40 dias. A Bíblia usa com freqüência períodos de 40 dias (ou 40 anos) para indicar ocasiões especiais em que são vividas experiências importantes: são os 40 anos de caminhada do povo no deserto, os 40 dias de Jesus no deserto, 40 dias de Moisés no Monte Sinai, os 40 dias de andança de Elias até a montanha de Deus.... Esses períodos vêm antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer." (CNBB, "Tudo é Possível: Deus Nos Ama", Paulinas, 1996, pg. 8 e 9).
Fernando Armelími ajuda a aclarar mais a resposta que estamos procurando: "Quando, ao invés, encontramos números na Bíblia, devemos prestar atenção, porque, muitas vezes, os números têm um sentido simbólico. Deste modo, quando está escrito ou um seu múltiplo, não quer dizer que seja mesmo 40, com exatidão, como se falássemos de 40 dólares. Indica um tempo simbólico, que pode ser mais longo ou mais curto. Não é como quando se fala em dinheiro.. .este, sim, deve ser bem contado!
Por exemplo, é difícil acreditar que Moisés tenha passado exatamente 40 dias e 40 noites na montanha, sem comer pão nem beber água (Ex. 34, 38) e que também Jesus tenha conseguido fazer a mesma coisa (Mt. 4, 2). Da mesma forma surge também a dúvida se eram exatamente 4.000 os homens para os quais foram multiplicados os pães (Mc. 8,9).
Entre os muitos significados que os antigos atribuíam ao número 40, um nos interessa de modo especial: o de indicar um período de preparação (mais ou menos prolongado), em vista de um grande acontecimento. Exemplo: o dilúvio durou 40 dias e 40 noites... foi a preparação para uma nova humanidade. 40 anos passou Israel no deserto... para preparar- se a entrar na terra prometida; durante 40 dias fizeram penitência os habitantes de Nínive... antes de receber o perdão de Deus; durante 40 dias e 40 noites caminhou Elias ... para chegar à montanha de Deus; durante 40 dias e 40 noites jejuaram Moisés e Jesus... para preparar-se para sua missão...". (Celebrando a Palavra, A. M. Edições, 5. Paulo, 1996, págs. 92 e 93).
O modelo bíblico de preparação para os grandes acontecimentos foi assumido pela Igreja, no correr dos tempos, e a Quaresma se torna ou é importante preparação para a maior de todas as festa cristãs: a Páscoa do Senhor Jesus.
Mas nem sempre foi assim. Nos primeiros tempos do Cristianismo, provavelmente no século II, as comunidades cristãs nascentes, para melhor viverem as alegrias da celebração anual da Ressurreição de Cristo, começaram a fazer uma vigília de dois ou três dias para a Páscoa. Estudiosos deste assunto acreditam que é a partir do século IV que se fixa, na Igreja, este período de 40 dias.
Podemos concluir que tanto o número 40 como muitos acontecimentos bíblicos têm, para nós, um valor simbólico para avivar a nossa fé, fundamentar nossa esperança e aprofundar nossa caridade.
O que é a quaresma
A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender de nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo.
A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina na Quinta-Feira Santa, com a Missa vespertina. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus.
A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal.
Na Quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida. A Igreja nos convida a viver a Quaresma como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Nos convida a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado, nos afastamos mais de Deus.
Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar de nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a gloria da ressurreição.40 dias
A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia. Nesta, é falada dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias e Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito.
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, seguido de provações e dificuldades.
A prática da Quaresma data desde o século IV, quando se dá a tendência a constituí-la em tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Conservada com bastante vigor, ao menos em um princípio, nas Igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma tem sido cada vez mais abrandada no ocidente, mas deve-se observar um espírito penitencial e de conversão.
Quaresma
Iniciamos mais uma quaresma e devemos nos proteger das coisas ruins que podem nos influenciar nesta época.
Mas o que acontece de fato ?
Essa época na qual a Aruanda se "fecha", ou seja, as entidades vão fazer seus acertos pelos trabalhos executado durante um ano, e então se abre a Quimbanda, a época onde a esquerda fica mais "livre", as coisas para acontecerem ficam mais fáceis.
Existem as entidades que trabalham nesse período, pretos velhos e caboclos, passam a ser os que trabalham na linha da quimbanda, fazem o trabalho do mesmo jeito que todos outros, mas pelo fato de a esquerda estar mais fluente, qualquer pensamento maldoso, bagunça, palavrões, brigas, podem ocasionar coisa pior.
Por esse motivo devemos rezar mais, fazer sempre os banhos de defesa, redobrar nossa atenção e fé, para passarmos por esse período na paz de DEUS.
UMBANDA E QUARESMA
Dentre os vários compromissos que os verdadeiros umbandistas devem ter para com a religião que abraçaram, estão os de esclarecerem, difundirem e enaltecerem os reais valores, bases e diretrizes de nossa Sagrada Umbanda.Desta forma, observações, avaliações e conceitos devem alcançar e modificar determinadas condutas que, embora habituais, têm como base preceitos estranhos a nossa religião.Neste contexto, reportemo-nos, sucintamente, ao ato litúrgico católico nominado Quaresma.A Quaresma, e o próprio nome revela, é um período de 40 dias que tem início após as festas ditas profanas (carnaval), culminando no domingo de páscoa. Tem como finalidade, segundo os católicos, preparar o indivíduo, mediante processos de conversão e penitência, para a expurgação de influências carnais e mundanas e a absorção de valores sagrados.Tal período litúrgico, afirmam alguns, se consolidou no final do século III, tendo sido citado no 1o Concílio (Assembléia) Ecumênico de Nicéia, no ano 325.Não obstante respeitarmos esta prática religiosa, própria dos católicos, devemos ter em mente que tal habitualidade pertence ao catolicismo, e não a Umbanda.E por quê então um número razoável de terreiros fecham suas portas, suspendendo as atividades espírito-caritativas durante este período ?1o Influência dos tempos de CatolicismoMuitas pessoas que hoje são dirigentes umbandistas, no passado professavam a religião católica. Converteram-se à Umbanda, mas esqueceram-se de deixar na antiga religião preceitos próprios da mesma.2o Ignorância sobre o que significa QuaresmaDirigentes pouco acostumados a estudar e voltados a seguir mecanicamente o que outros fazem, num típico processo de imitação, acabam por implantar em suas casas umbandistas a interrupção dos trabalhos. Pensam da seguinte forma: “Vou fechar o terreiro na Quaresma porque outros fazem, e porque o fazem, deve ser o correto”.Justificação para longas fériasEncontram no período católico da Quaresma o meio ideal de justificarem sua vontade particular de descanso, de deleites materiais, sem serem alvos de críticas por estarem suspendendo atividade de auxílio espiritual aos necessitados, uma vez que a maioria não sabe o que é quaresma.Os Umbandistas, consoante o que foi mencionado, devem ter consciência e convicção de que os terreiros são verdadeiros pronto-socorros espirituais e jamais poderão fechar suas portas a médiuns e assistentes. Ou será que a tristeza, a frustração, as demandas, as doenças, e outras situações negativas deixam de afligir as pessoas durante a quaresma ?Sejamos sensatos. A Umbanda é religião cristã. É fato. Não significa, no entanto, que tenhamos de aplicar atos litúrgicos alienígenas à mesma.Se os católicos são de opinião que a melhor forma de expiar suas faltas é jejuar e fazer penitência, ficando na última semana dos 40 dias a chorar o sofrimento de Jesus, bom para eles.Nós umbandistas somos sabedores que o Meigo Nazareno não quer que soframos por Ele, mas sim que coloquemos em prática suas lições de amor, fé, caridade e fraternidade, virtudes que pregou quando encarnado, como alicerces seguros para a evolução da humanidade.Reverenciemos o Cristo da Galiléia com trabalhos espirituais, que não podem parar, pois que o socorro é sempre urgente. A Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade. E caridade é Jesus em ação.Saravá Umbanda !!!
A quaresma é um período em que os católicos se submetem a um recolhimento espiritual simbolizado por diversas proibições e sacrifícios para lembrar as tentações vividas por Jesus Cristo que culminaram com sua crucificação na Sexta-feira santa. Inicia no carnaval e termina no Sábado de Aleluia.
Também no Almas e Angola considera-se esta uma época sagrada. Nesse período orixás não dão incorporação nos médiuns. Somente os pretos-velhos e exús podem dar incorporação. Em alguns terreiros admite-se a incorporação de boiadeiros.
Como os orixás não incorporam o momento é de vigília constante, introspecção e uma ótima oportunidade para o médium refletir sobre tudo em sua vida material e espiritual. Os pretos-velhos nos ensinam o poder da humildade e os exús o poder da magia e a lei da ação e reação ou do choque de retorno.
Na Quinta-feira Santa realiza-se outro importante ritual dentro do Almas e Angola. Nesse dia os filhos de santo vão à cachoeira, antes do sol nascer, para colher ervas e água da fonte para preparação do amaci.
Também é o dia da lavagem dos santos, quando os santos católicos que representam os orixás são limpos e lavados com amaci. Após é a vez dos filhos de santo lavar sua cabeça, que é feita pelo Pai de Santo com o mesmo produto. As guias também são passadas no amaci neste dia.
A Sexta-feira Santa é dia de recolhimento total do médium. Neste dia, como em todas as sextas-feiras os filhos de santo iniciados não devem comer carne de animais de sangue quente.
No Sábado de Aleluia acontece a Festa dos Orixás, pois é nesse dia que eles retornam dando incorporação nos seus filhos.
O amaci é um conjunto de ervas ritualísticas e de fundamento religioso com as bebidas devotadas aos orixás mais água da cachoeira e Pemba ralada. Cada orixá tem suas ervas sagradas.
O amaci possui grande importância na Umbanda, pois é usado para fortalecer a aura espiritual do médium, repondo as energias perdidas durante o ano de caridade e trabalhos ritualísticos.
É realizado, dentro do ritual Almas e Angola, sempre às Quintas-feiras Santa de cada ano, quando as ervas são colhidas antes do sol nascer e maceradas dentro do terreiro utilizando-se somente as mãos. Na segunda-feira seguinte o amaci é coado e envasado em garrafões de vidro. O restante das ervas, no CEUSCD, é utilizado para preparar um banho de descarga chamado anti-fluído, quando essas ervas são misturadas com álcool e sal grosso. Este banho de descarga só pode ser usado do pescoço para baixo. Ainda assim as sobras das ervas do ano anterior são secas e misturadas com as gomas de defumação (mirra, incensa, benjoim, breu) mais anis estrelado, alfazema e alecrim secos o que dá uma ótima defumação.
Assinar:
Postagens (Atom)