11/02/2013

CARNAVAL E ESPIRITUALIDADE

O Carnaval e a Espiritualidade O verbete “carnaval” foi composto com a primeira sílaba das palavras a “carne nada vale”. (Nas Fronteiras da Loucura). Uma visão dos orientadores Espirituais No livro “Nas Fronteiras da Loucura” de Manoel Philomeno de Miranda, vamos encontrar um relato sobre as atividades de socorro a encarnados e desencarnados, desenvolvidas por uma grande equipe espiritual, sob o comando do Dr. Bezerra de Menezes, nos dias de carnaval de 1982, na Cidade do Rio de Janeiro. Faixas vibratórias Logo depois que eu retornara à vida espiritual, percebi haver, em torno da Terra, faixas vibratórias concêntricas, que a envolviam, desde as mais condensadas, próximas da área física, até as mais sutis, distanciadas do movimento humano na crosta. são vitalizadas pelas sucessivas ondas mentais dos habitantes do planeta, que de alguma forma sofrem-lhes a condensação perniciosa. Concentração mental A grande concentração mental de milhões de pessoas, na fúria carnavalesca, irradiações dos que participavam ativamente, enlouquecidos, e dos que, por qualquer razão, se sentiam impedidos, afetava para pior a imensa área de trevas, ao tempo em que esta influenciava os seus mantenedores. Nesse período, instalam-se lamentáveis obsessões coletivas que entorpecem multidões, dizimam existências, alucinam valiosos indivíduos que se vinculam a formosos projetos dignificadores. (Entre os Dois Mundos) Afinidade Acurando a vista, podia perceber que, não obstante a iluminação forte, pairava uma nuvem espessa onde se agitava outra multidão, porém, de desencarnados, mesclando-se com as criaturas terrestres de tal forma permeada, que se tornaria difícil estabelecer fronteiras delimitadoras entre uma e outra faixa de convivência. (Entre os Dois Mundos). Voluntárias do sofrimento futuro Tornando-se insuportável a situação de cada uma dessas vítimas voluntárias do sofrimento futuro, os parasitas espirituais que se lhes acoplam, os obsessores que os dominam, explorando suas energias, atiram-nos aos abismos da luxúria cada vez mais desgastante, do aviltamento moral, da violência, a fim de mantê-los no clima próprio, que lhes permite a exploração até a exaustão de todas as forças. (Entre os Dois Mundos). Dificuldade para adaptar-se à vida normal Passada a onda de embriaguez dos sentidos, os rescaldos da festa se apresentarão nos corpos cansados, nas mentes intoxicadas, nas emoções desgovernadas e os indivíduos despertarão com imensa dificuldade para adaptar-se à vida normal, às convenções éticas, necessitando prosseguir no mesmo bacanal até a consumpção das energias. (Entre os Dois Mundos). Infestação espiritual Em face dos desconcertos emocionais que os exageros festivos produzem nas criaturas menos cautelosas, há uma verdadeira infestação espiritual perturbadora da sociedade terrestre, quando legiões de espíritos infelizes, ociosos e perversos, são atraídas e sincronizam com as mentes desarvoradas. Justificativa do evento Necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques, segundo alguns estudiosos do comportamento e da psique. (Dr. Bezerra de Menezes). A razão do carnaval Expressiva faixa de humanidade terrena transita entre os limites do instinto e os pródomos da razão, mais sequiosos de sensações do que ansiosos pelas emoções superiores, natural que se permitam, nestes dias, os excessos que reprimem por todo o ano, sintonizados com as entidades que lhes são afins, é de lamentar, porém, que muitos se apresentam, nos dias normais, como discípulos de Jesus. A população invisível 1. A população invisível ao olhar humano era acentuadamente maior do que a dos encarnados; 2. Disputavam entre si a vampirização das vítimas encarnadas, que eram telecomandadas; 3. Estimulavam a sensibilidade e as libações alcoólicas de que participavam; 4. Ingeriram drogas, utilizando-se dos comparsas no corpo físico; 5. Se interligavam a desmandos e orgias lamentáveis; 6. Uns magotes desenfreados atacavam os burlescos transeuntes, transmitindo-lhes induções Nefastas; 7. Davam início, assim, a processos nefandos de obsessões demoradas; 8. Misturavam-se espíritos de aspecto bestial e lupino, verdugos e técnicos de vampirização do tônus sexual, em promiscuidade alarmante com inúmeros encarnados. (Nas Fronteiras da Loucura) O que o Espiritismo esclarece? Que o pensamento altera o meio, atrai pensamentos semelhantes. Como esquecer de uma das lições da coleção André Luiz, em que o autor descreve a migração de falange de espíritos trevosos, mais parecendo sombras ao se aproximarem das Cidades Brasileiras em um carnaval? (Sobre o Carnaval de Pedro Herbert C. Onofre). A inspiração Muitos fantasiados haviam obtido inspiração para as suas expressões grotescas, em visitas a regiões inferiores do além, onde encontravam larga cópia de deformidades e fantasias de horror. (Nas Fronteiras da Loucura). O Espírita e o Carnaval Muitos Espíritas, ingenuamente, julgam que a participação nas festas de Momo, tão do agrado dos brasileiros, não acarreta nenhum mal a nossa integridade psico-espiritual. E de fato, não haveria prejuízo maior, se todos pensassem e brincassem num clima sadio, de legítima confraternização. Infelizmente, porém, a realidade é bem diferente. (O Espírita e o Carnaval de Pedro F. Azevedo). A festa terá fim um dia? A festa é vestígio da Barbárie e do primitivismo ainda reinantes, e que um dia desaparecerão da Terra, quando a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real substituírem as paixões do prazer violento e o homem houver despertado para a beleza, a arte, sem agressão nem promiscuidade. (Nas Fronteiras da Loucura). Opinião de Emmanuel (Chico Xavier) Nenhum Espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer apologia da loucura generalizada que adormece as consciências nas festas carnavalescas. Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e às vezes toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever. Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho. (Emmanuel) Opinião de André Luiz O Espírita deve afastar-se de festas lamentáveis, como aquelas que assinalam a passagem do carnaval, inclusive as que se destaquem pelos excessos de gula, desregramento ou manifestações exteriores espetaculares. (Conduta Espírita de Waldo Vieira).