08/04/2010

CARTAS DO CÉU

AMIGOS
Gostava de dizer algo a respeito do texto abaixo. Há tempos, em conversa com uma amiga, eu justificava o não abandono de alguém pela pena que sentia da sua situação. Ela ralhou comigo! Pena?? Olha o Ego....
eu não entendi... e ela explicou: ao sentir pena de alguém estamos a  sentir-nos superiores a essa pessoa, e por isso a humilhá-la. Não devemos sentir pena, mas sim COMPAIXÃO, que não é a mesma coisa....
eu entendi o recado. E hoje recebi esse texto... que "coincidência", não??? rsrsrsrs
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Deus disse:


Eu te dei muitas coisas para fazer ou para não fazer? É claro que toda a orientação que ofereço se resume em amor, então, na verdade, só existe uma coisa que te peço: que ames a ti mesmo. Não podes amar os outros mais do que amas a ti mesmo. Estou falando de amor e não de apego, querido. Falo de amar a ti mesmo e não de te manteres como refém.
Se alguma vez sentes pena de ti mesmo, não estás te amando. Se alguma vez sentes pena de outra pessoa, não estás amando essa pessoa. Cristo tinha compaixão, mas ele não se condoia de ninguém. Ele não tinha pena de ninguém. E tu também não precisas ter.
Mesmo quando Cristo estava na cruz, ele não pensava: "Ai, coitadinho de mim!" Ele não sentia: "Como sou infeliz!" Ele não sentia piedade de si mesmo. Isto realmente teria sido uma pena. E tu também não deves sentir pena de ti mesmo nem de ninguém.
Talvez possas dizer: "Mas Deus, com o devido respeito, qual é o problema de se sentir pena de alguém?"
Obviamente sabes que não quero dizer que, se encontrares um homem caído não devas ajudá-lo a se levantar. Naturalmente sabes que não quero dizer que não deves ajudar alguém a atravessar a rua. Certamente sabes que não quero dizer que, se encontrares uma criança faminta não devas lhe dar comida. Deves saber que não é isto que estou querendo dizer, pois deves saber que quero dizer que ajudes todas as criaturas. Tenho que te perguntar: a piedade deve ser tua única motivação para ajudar os outros? Se for, não deixes que aqueles a quem ajudas saibam disto.
Sentir pena de alguém é insultá-lo realmente. É um rótulo que colas nele, querido. É um mau sinal que colocas no outro. E é um mau sinal se o colocas em ti mesmo. Quando olhas para uma pessoa com piedade, estás dizendo que ela é carente e talvez inferior. Estás dizendo que ela não tem sorte, ou que tu tens mais sorte do que ela.
Agora, é lógico que posso ouvir-te dizer: "Mas, Deus, isto é absolutamente verdadeiro! É óbvio, não é? Alguns têm mais sorte do que outros. Ou alguns têm sorte uma vez e não têm tanta sorte outras vezes. Se uma pessoa está doente, ela está doente."
Querido, isto é óbvio, e maior razão ainda para não afirmares o óbvio para ti mesmo nem para os outros.
Querido, se Cristo tivesse sentido piedade dos leprosos, como os teria curado? Ele os teria mantido ali mesmo onde estavam. Cristo enxergava além das limitações do mundo. E tu também deves fazer isto. Sabes mais do que rotular uma criança de tola. É melhor rotular alguém de doente ou de pobre?
Não te esqueceste que crias com teus pensamentos, não é?
Vou te dar mais uma razão para não quereres sentir pena de ti mesmo nem de qualquer outra pessoa. Isto te paralisa. Fazes uma acusação. Encurralas a ti mesmo. É como se, com isto, te oferecesses uma compensação. Quando sentes pena de ti mesmo, pintas um quadro triste de ti e ficas lá. O mesmo acontece quando tens pena de outra pessoa.
Agora podes te imaginar dizendo para um amigo: "Oh, tenho pena de ti!"? Isto não é uma coisa terrível de se sentir? Também não dirias: "Oh, pobrezinho de ti!"
Uma festa de piedade não é uma festa, de jeito nenhum!

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Fernanda

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