AMIGOS
Não resisti de transcrever este texto, muito bom, de um irmão nosso brasileiro que vive na Madeira:
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O dia 13 de maio de 1888, foi símbolo de um momento crucial de transformação do destino do Brasil, sob a assinatura de uma mulher, que soube abrir seu coração e com a pena, determinou que grilhões fossem rompidos, que chicotes fossem descartados, e que a escravidão daquelas almas que foram retiradas a força de além mar, pudessem pela primeira vez, pisar nesta terra, sentindo o sabor da liberdade.
Quem sabe se Isabel teve seu coração tocado pelo coração vivo de outra mulher, mãe amorosa deste pais e planeta, que exatos 29 anos depois, se manifestou em Fátima, escolhendo para trazer nova mensagem de esperança, três almas puras, abnegadas em forma de crianças.
Não por coincidência, o dia 13, apesar de dito dia de azar, é um marco tão importante para três continentes e países de língua portuguesa.
A presença de Mãe Maria, coberta de manto branco da paz, em terras portuguesas, purgando as dores, acalentando seus filhos, nas vésperas de uma guerra mundial.
O gesto da Princesa, que evitou que mais almas africanas conhecessem o desterro forçado, a perda de maridos, pais, filhos e filhas....
Porém maior amor dedicou a seus filhos de tez escura em terras brasilis, pois ao mesmo tempo que os negros eram presenteados com sua liberdade, muitos perderam seu teto, seu alimento, o quase nada que lhes garantia a sobrevivência....
Quantos morreram por não saberem como cuidar de si, nas estradas afora, em busca dos quilombos, marcos de resistência e esperança...
Alguns senhores de terras, também foram tocados, de forma que despertaram, com o desafio de romper paradigmas, reformularem todas crenças sob a qual a sociedade era baseada, e os conservaram, não mais como escravos, mas como colaboradores, pois uma simples assinatura os fizeram encarar um novo estilo de vida.
Aos senhores que resistiram a mudança, duros em seu coração, sem flexibilidade, acabaram tropeçando em seu orgulho de senhores feudais e deixaram de ter, para si, o mínimo que negavam aos antes escravos.
Eis a benção, pois corpos feridos, cansados, explorados de negros que nem sabiam ser livres, mas com a força do guerreiro sufocado na alma é que hoje um século apenas após, se tornaram iguais em direitos, sabedoria, força e símbolos de esperança e vitoria sobre a dor.
Salve, as almas que encontraram sua liberdade.
Salve, os que perseveram na matéria.
Salve, os que optaram por se manter na espiritualidade neste padrão energético , orientando a nós, prisioneiros, não mais de grilhões físicos, mas nos grilhões do medo,da culpa, da não auto-aceitação, do julgamento alheio- os amorosos e amados pretos e pretas velhos.
Salve, a esta linha que mantém a tradição da benção...
Salve, Mãe Maria, manifesta em Fátima, que mantém nos sob sua benção materna amorosa.
Salve, o Um, manifesto na dualidade masculino e feminino, filho e mãe, Jesus e Maria.
Salve cada um de nós em nossa força aliada à sabedoria..
Salve sua força, querida linha de pretos velhos em seu aniversario....
Édison Almeida
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Fernanda
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