07/06/2010

ATÉ ONDE VAI O NOSSO LIVRE ARBITRIO?

Até onde vai o nosso livre-arbítrio?
:: Osvaldo Shimoda ::

"A ciência não é um Deus que sabe de tudo".
Davi Kopenawa (líder da tribo Ianomâmi)

Em certa ocasião, uma paciente me procurou porque não estava conseguindo engravidar. Já tinha tentado de tudo, procurado vários especialistas, tendo ido até no exterior para realizar o seu desejo de ser mãe. Mas foi tudo em vão. Então, me perguntou se através da TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual (ser desencarnado diretamente responsável pela nossa evolução espiritual) - abordagem psicológica e espiritual breve, canalizada por mim pelos Espíritos Superiores do Astral, teria garantias de conseguir engravidar.

Prontamente lhe respondi que compreendia o seu anseio, o desejo da maternidade; no entanto, lhe disse que a única coisa que poderia lhe garantir nesse tratamento era dar o meu melhor como terapeuta, pois o meu papel nessa terapia é procurar abrir o canal de comunicação entre ela e o seu mentor espiritual, para que ele pudesse lhe mostrar a causa de seu problema e sua resolução. Sendo assim, esclareci que como facilitador, busco apenas auxiliar o seu mentor espiritual, criando as condições necessárias para que ele a oriente acerca de seu(s) problema(s).

Ao regredir, ele lhe revelou a causa de sua dificuldade de engravidar: a prática de dois abortos na vida presente (a paciente não mencionou esses dois abortos na entrevista inicial).
Então, seu mentor espiritual lhe explicou que pelo fato dela ter infringido a Lei do Retorno (causa e efeito), uma da Leis Universais, estava colhendo o que havia plantado.
Portanto, como parte de seu processo de aprendizagem, não estava conseguindo engravidar por não ter valorizado aquelas vidas com a prática do aborto. Recomendou que fizesse de coração a oração do perdão para que aqueles seres espirituais abortados fossem resgatados para a luz, e que só assim iria engravidar, trazendo-os novamente como seus filhos.

Um outro paciente me procurou por dois motivos: impotência sexual e vitiligo (doença dermatológica resultado da falta de pigmentação de melanina, responsável pela coloração da pele).

Ao regredir, lhe foi revelado que numa vida passada foi um desbravador, um bandeirante, cuja missão, junto com os seus comandados, era de preparar o terreno, desmatando a região para que os colonizadores a povoassem.
Literalmente, cumprira a sua missão, desmatando e matando todos os índios que habitavam aquelas terras. No entanto, antes de tirar suas vidas, estuprava as índias. Numa outra encarnação, como feitor, mandava açoitar até à morte os escravos negros, pois além de discriminá-los, nutria ódio por eles.

Após mostrar-lhe essas duas vidas, seu mentor espiritual disse: "Com o problema da impotência sexual, você hoje aprendeu a lição: valorizar as mulheres, não as vendo mais como um mero objeto sexual, como ocorreu no passado. Você aprendeu, por isso vamos lhe devolver sua potência sexual, mas o vitiligo é um pouco mais complexo, pois terá ainda que passar por outras experiências de vida para depois, aí sim, a medicina terrena curá-lo.

Após alguns meses, o paciente mandou um e-mail me informando que realmente havia se curado de sua disfunção erétil, mas não do vitiligo, o qual, no entanto, não estava mais se alastrando em seu corpo. Esse paciente, sem dúvida alguma, é um outro exemplo da violação da lei do retorno, ou seja, pelo fato de ter violentado sexualmente as mulheres naquela existência passada e de ter discriminado os negros, veio hoje com problemas de impotência sexual e vitiligo, este, literalmente, para sentir na pele o que é discriminar o ser humano, como tinha feito no passado.
Sendo assim, como fica o nosso livre-arbítrio? Podemos mudar o nosso destino? O ser humano tem autonomia, liberdade de escolhas, de resolver seus problemas por sua livre e espontânea vontade?

A resposta é não. Após conduzir mais de 8000 sessões de regressão de memória pela TRE, aprendi com os mentores espirituais dos pacientes que a autonomia, ou seja, a liberdade de escolhas em nossas vidas vai depender das ações que praticamos no passado, seja desta ou de outras vidas.

Portanto, quanto mais carmas negativos contraímos -frutos de erros do passado-, menor será a nossa autonomia, a liberdade de escolher que vida queremos ter. Desta forma, o destino é determinado pelas ações praticadas. Ou seja, a metade do destino do homem é determinada pelo seu passado, pela "ação do carma". Por isso, em meu consultório, o prognóstico de que um paciente terá sucesso ou não nessa terapia, vai depender do que plantou no passado (lei do merecimento).

É por isso também, que no início, após a criação da TRE, um mentor espiritual de uma paciente me mandou um recado -através dela- numa das sessões de regressão, dizendo: "Irmão, não prometa nada que não esteja ao seu alcance; a cada um aqui (paciente) será dado de acordo com suas obras, seus feitos (o que cada um fez no passado). Se plantou boas sementes, bons frutos irá colher, mas se plantou más sementes, maus frutos colherá". Em outras palavras, em meu consultório, cada paciente recebe o auxílio que merece na quantidade e qualidade a que fizer jus.

Fica claro por que, no final do tratamento, quando o paciente obtém a graça, a bênção ao se curar, digo-lhe: "Agradeça de coração ao Altíssimo, ao seu mentor espiritual e parabéns, foi também mérito seu!"

Caso Clínico:
Por que essa depressão e insatisfação pela vida?
Mulher de 34 anos, casada, um filho.

A paciente veio ao meu consultório por conta de sua depressão, insatisfação pela vida, sentia que sua vida não fazia sentido. Por conta disso, chorava por qualquer motivo, sentia-se fraca, insegura e indecisa. Era frequente também acordar de madrugada e não conseguir mais dormir. Veio de um lar onde os pais brigavam muito (pai era alcoólatra) e, por ele não ter conseguido superar esse vício, acabou desagregando a família. Por isso, ainda o culpava, apesar dele já ser falecido.
Um outro motivo que a trouxe ao meu consultório era pelo fato de continuar ligada ao seu ex-namorado, apesar de ser casada.

Queria entender por que após o nascimento do filho, o encanto que tinha pelo marido havia acabado, e queria entender também por que não se relacionava bem com a sua mãe e irmão, pois nutria pelos dois muito ressentimento.
Ao regredir, a paciente me relatou: "Sinto muita dor, que vai do pescoço até a cintura. Não consigo me mexer (paciente fala chorando).

Sou paraplégica... É uma vida passada, me vejo sentada numa cadeira de rodas. Da cintura para baixo, não sinto nada, não consigo me mexer. Sou mulher, branca, cabelos castanhos, devo ter uns 27 anos, visto uma roupa da década de 50. Acho que sofri um acidente, mas não sei explicar que tipo de acidente. Vejo uma senhora que cuida de mim, aparenta ter uns 65 anos, cabelo curto e grisalho... Acho que é a minha mãe dessa vida passada e também da vida atual. Sinto que tenho um irmão... É o mesmo da vida presente.

Eu me isolei, acabei me afastando de todos pelo acidente que sofri. Tenho dificuldade de fazer amizades, pois não confio em ninguém... sou amargurada, queria ter casado, constituído uma família. (pausa).

Agora sinto girar tudo ao meu redor... não pára de rodar... É o acidente que sofri, estou caindo de um penhasco (paciente grita, chorando muito).

Agora ficou tudo preto. (pausa). Eu me vejo no hospital muito machucada, cheia de talas, de ataduras. Caí de um penhasco muito alto. Estou deitada num leito, fiquei muito tempo em coma, não sinto nada da cintura para baixo. Sinto também muita dor na coluna, nos braços e no rosto. (pausa).

Na vida atual, também sofri um acidente, o ônibus em que eu estava viajando capotou e fraturei a coluna e a mandíbula. (pausa).

Vejo agora o meu irmão dessa vida passada. A gente estava brincando, rodando em cima daquele penhasco... ele soltou sem querer as minhas mãos e acabei caindo. Esse acidente aconteceu quando a gente ainda era adolescente. Depois do acidente, meu irmão tentava me animar, queria me levar para sair, mas não aceitei, pois não queria ser um peso para ninguém".

Na sessão seguinte, a paciente me relatou: "Vejo um senhor de barba e cabelos grisalhos. Ele veste uma túnica branca... diz que é o meu mentor espiritual. Fala que me mostrou aquelas cenas da existência passada para eu valorizar mais a minha vida e esclarece que hoje sofri aquele acidente de ônibus, onde fiquei três meses no hospital, para parar de me lamentar e jogar a culpa de tudo nos outros. Diz que ainda trago dessa vida passada a revolta por ter ficado paraplégica.
Fala novamente para valorizar mais a minha vida, pois hoje eu ando, tenho movimentos perfeitos, e que é para ir atrás das coisas que quero.
Revela que no acidente de ônibus que sofri, eu escapei por pouco, pois me deram uma segunda chance, não me tornando novamente paraplégica como na vida passada.
Revela ainda que nessa existência passada, por ter ficado paraplégica, as brigas em casa entre os meus pais eram constantes e, não aguentando mais, minha mãe pegou o meu irmão e foi embora, nos abandonando. Meu pai se tornou alcoólatra e acabou morrendo embriagado.

O meu mentor me explica que pela lei do retorno todos voltamos, ou seja, reencarnamos juntos na mesma família para nos reconciliarmos.
Diz que o meu pai, por conta do alcoolismo na vida atual, após o seu falecimento, ficou cinco anos no umbral (trevas), mas que agora foi resgatado e está sendo tratado no hospital do Astral. O meu mentor espiritual pede para que eu não o culpe mais, pois ele foi um problema grande para a minha mãe".

- Pergunte ao seu mentor espiritual por que você ainda continua ligada ao seu ex-namorado? - Peço à paciente.
"Ele diz que nós também éramos namorados naquela vida passada, mas que ele não quis me assumir por ter ficado paraplégica".

- Pergunte-lhe por que o relacionamento com o seu marido esfriou após o nascimento de seu filho? - Peço à paciente.
"Em relação ao meu marido de hoje, esclarece que ele só apareceu em minha vida para o meu filho reencarnar, pois ele não conseguiu vir naquela vida passada como meu filho, por conta daquele acidente. Foi esse o motivo que o relacionamento com o meu marido esfriou após o nascimento dele. Pede para ser mais receptiva com a minha mãe e irmão, porque ainda guardo ressentimento deles daquela vida passada.
Sugere que eu faça a oração do perdão para que possamos nos reconciliar. O meu mentor espiritual fala ainda que vou ser muito feliz (ela está emocionada).
Ele agora se despede... Está indo embora".

No final do tratamento, a paciente me disse que estava se sentindo mais calma, segura, mais confiante, não estava mais chorando por qualquer motivo, pois se sentia mais forte.
Comentou também que estava acordando mais disposta, pois não estava mais acordando de madrugada.

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