Benzimentos e Rezas
É bom esclarecer que os *benzimentos* aqui relacionados eram usados numa
época em que não existiam muitos médicos na região. As pessoas moravam em
sítios ou em locais muito distantes dos centros onde existiam farmácias e
hospitais e desenvolviam a fé no uso de determinadas *rezas e simpatias* que
podiam ou não funcionar.
De qualquer forma, eles hoje figuram aqui como amostra da *riqueza cultural
da região* e pelo seu valor histórico, não como fórmulas para serem
utilizadas em substituição aos tratamentos médicos ou psicológicos feitos
por especialistas que se empenharam durante anos de estudo com o objetivo de
salvar vidas.
*CURA COM BARATA: (Publicado na Imprensa Oficial - 03/04/2008)*
Esta quem nos ensinou foi o senhor Wilson Grecco, figura sempre presente nas
manifestações artísticas da cidade. Segundo consta, sua *nona*, Dona Libera,
tinha uma maneira muito peculiar de fazer sarar a *dor de ouvido*: pegava
uma *barata viva*, colocava numa *colher grande* e enchia de *óleo*, levando
ao *fogo* para "fritar" o bichinho. Quando a barata fritava, tirava-se o
inseto do meio do óleo e esperava o líquido ficar morno, daí pingava-se uma
ou duas gotas no ouvido, fazendo cruzes e orando.
*ESTRANHA PROTEÇÃO: (Publicado na Imprensa Oficial - 23/02/2008)
*Há muito tempo atrás, em Itatiba, as pessoas tentavam fazer o melhor
possível para se *proteger contra doenças*, porque os médicos eram poucos e
a maioria das pessoas vivia nos sítios. As mães faziam *chás* para as
crianças que estavam *gripadas* ou com *cólicas*. Hoje se sabe que muitas
ervas usadas para estes chás têm realmente princípios que podem ajudar na
restauração da saúde. Também existiam muitas simpatias para *susto* e para *
desejos*. Às vezes, uma criança queria um brinquedo ou tinha vontade de
comer alguma coisa e ficava desassossegada. Aí era preciso levar numa *
benzedeira* que orasse e restabelecesse a *paz de espírito* da paciente. Mas
havia um costume muito estranho que algumas pessoas adotaram para proteger a
garotada, e também os adultos, do *tétano*: enfiar *um prego dentro de uma
cebola*. As mães costumavam fazer isso principalmente quando os filhos iam
jogar bola em campos improvisados, com jogadores descalços, o que aumentava
o risco de alguém se ferir em pedaços farpados de madeira, vidro, etc, e
contrair a doença.
*SANTA LUZIA: (Publicado na Imprensa Oficial - 14/02/2008)
*Esta simpatia é bem usada quando da ocorrência de algum *corpo estranho nos
olhos*. Lembrando sempre que oração sempre ajuda, mas nunca deixe de
procurar um médico quando houver dor e sintomas que indiquem alguma
gravidade ou anormalidade: "Fazer o sinal da cruz sobre os olhos - *Santa
Luzia passou por aqui com seu cavalinho comendo capim!* - Continuar até
passar a dor ou até o cisco sair."
*NOSSA SENHORA DA DEFESA:
*A Irani Adriana Teixeira de Assis enviou para nós esta *oração*, que ela
utiliza faz tempo e que pouca gente conhece, a de *Nossa Senhora da Defesa*.
É para se levar na carteira ou para se ter em casa. Segundo consta do site
do santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no Alto do Sumaré, São
Paulo, a devoção a essa manifestação de Maria começou na Itália.
A cidade de Cortina D´Ampezzo fica em Belluno, nordeste da Itália, tem uma
localização estratégica e sempre foi alvo de invasões bárbaras e conflitos
políticos.
No ano de 572, os lombardos tentaram invadir seus vizinhos *ampezzanos*. O
povo atacado se reuniu e rezou fervorosamente, pedindo ajuda de *Nossa
Senhora*, e em seguida prepararam-se para defender sua cidade. Ao perceberem
que a invasão era inevitável, invocaram o nome da *Virgem Maria* e ela
apareceu sobre as nuvens, com uma espada na mão. Quando os inimigos tentaram
entrar na cidade, ela os confundiu com as nuvens, que lhes impediu a visão.
Dessa forma, o exército invasor lutou entre si até a derrota.
No século XIV, na cidade, já existia uma capela dedicada a ela. Em 1412
ocorreu outro incidente: o exército dos bárbaros *godos* ameaçava dominar o
território. O povo de *Ampezzo*, quase desarmado, conseguiu parar as tropas
inimigas e a vitória foi interpretada como um novo sinal de *Nossa Senhora
da Defesa*. No início do século XXI, uma catequista trouxe da Itália um
quadro com a imagem da *Santa* para São Paulo e em setembro de 2003 os
devotos paulistanos dedicaram a ela uma igreja. Os fiéis costumam recorrer à
santa pedindo proteção contra a violência existente nas grandes cidades.
Comemora-se o dia de *Nossa Senhora da Defesa* em *18 de Setembro*.
Oração: *"Nossa Senhora da Defesa, Virgem poderosa, recorro à Vossa proteção
contra todos os assaltos do inimigo, pois vós sois o terror das forças
malignas. Eu seguro no vosso manto santo e me refugio debaixo dele para
estar guardado, seguro, e protegido de todo o mal. Mãe Santíssima, refúgio
dos pecadores, vós recebestes de Deus o poder de esmagar a cabeça da
serpente infernal e com a espada levantada, afugentar os demônios que querem
acorrentar os filhos de Deus. Curvado sob o peso dos meus pecados, venho
pedir a vossa proteção, hoje, e em cada dia da minha vida, para que vivendo
na luz do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, eu possa, depois desta
caminhada terrena, entrar na pátria celeste. Amém.* Rezar em seguida um
pai-nosso, uma ave-maria, e dar *glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito
Santo."*
*PARA NÃO ENTRAR EM CHOQUE COM A NATUREZA:
*O Paulo Degani, responsável pelo Museu Histórico Municipal "Padre Francisco
de Paula Lima", nos contou sobre dois costumes interessantes, especialmente
úteis para quem gosta de caminhar por locais cheios de mato, no meio de
florestas, bosques, trilhas.
Conta-se que, *para não pegar carrapato* quando se entra na mata, é preciso
*quebrar um galhinho da primeira árvore* que se encontrar e *guardar no
bolso*.
*Outra simpatia*: existe uma árvore chamada *Aroeira*, fácil de encontrar
nos sítios aqui da cidade. Algumas pessoas já tiveram experiências ruins com
a dita cuja: foi passar por baixo da árvore e começar a espirrar, ou sentir
a pele ficar vermelha e coberta de calombos! Dizem que, para evitar a
"raiva" da aroeira e de outras formas de vida, é bom *pedir licença para
"Dona Aroeira" antes de entrar na mata*, mesmo que não haja nenhuma aroeira
por perto. É só chegar, dizer em alto e bom som: *"Dá licença para eu
entrar, Dona Aroeira!",* e caminhar sossegado.
Mas, por via das dúvidas, antes de entrar na mata, é bom colocar *botas* ou
*calçados de cano longo* para evitar picadas de insetos, um bom
*repelente*e, caso você já tenha tendências alérgicas,
*é bom ficar longe das aroeiras*, mesmo não tendo certeza se elas estão
bravas ou apenas chateadas...
*SEM SILICONE E SEM CASAMENTO:
*Pessoas que vieram de Arealva (interior paulista) para morar em Itatiba
contam que naquela cidade existia uma simpatia que as *meninas que acabavam
de entrar na adolescência* costumavam fazer: *tomar água na concha para que
os seios crescessem*. Em Arealva também existia uma crendice de que se
alguém passasse com a *vassoura sobre os pés* de uma pessoa, aquela que teve
os pés "varridos" *não se casaria* mais. Essa superstição era conhecida
também em Itatiba e até hoje algumas pessoas desviam do caminho quando
avistam alguém fazendo faxina, de medo de ter os pés varridos.
*SIMPATIA DE ANO NOVO PARA PROSPERIDADE:
*Cada família tem uma simpatia especial para *assegurar que o Ano Novo* seja
realmente bom. Algumas pessoas *colocam a maior nota de dinheiro que possuem
dentro do sapato*, durante a festa de Reveillon, para que a cédula chame
suas companheiras de igual valor durante o ano que começa.
Existe uma simpatia interessante que veio de São Lourenço, Sul de Minas,
para cá: *a troca de folha de louro*. À meia noite do dia 31 de dezembro,
coloca-se num *pratinho ou outro recipiente*, *algumas folhas secas de louro
*, dessas utilizadas para tempero. O louro representa vitória, glória.
Quando bate *meia-noite*, *pega-se uma folhinha e troca-se com a de outra
pessoa*. *A folha que foi trocada é guardada na carteira*, junto com o *
dinheiro*, para assegurar *segurança financeira*. No *final do ano, a
folhinha usada é trocada pela de outra pessoa* novamente. Se estiver muito
gasta, joga-se fora e toma-se uma nova folhinha para troca.
*Limpeza da Casa Depois do Velório:*
Ainda hoje nós verificamos o costume de algumas famílias de velar o morto na
residência. Diz a tradição que, *após a retirada do caixão e a saída do
cortejo rumo ao cemitério, deve-se varrer a casa toda*, *em direção à porta
da frente da casa*, varrendo tudo para a rua, ou seja, mandando embora todo
resquício da *Dona Morte*... (Contribuição da Sra. Ivone Igarashi, da AEPTI)
*Simpatia perigosa para violeiro:*
A senhora Inês Simões Barbosa, presidente da AEPTI, contou que o povo
acreditava na eficácia do *guizo de cascavel para melhorar o som do violão*.
Antigamente, o pessoal topava com muitas cobras nos pastos... até cascavel!
Gente com mais sorte não encontrava a cobra, mas o guizo dela. Se a pessoa
tocava violão, colocava o guizo dentro do instrumento, que passava a ter um
som mais suave e melódico.
*Simpatia perigosa para passar de ano:*
As crianças que viviam pelos pastos e pelos quintais cheios de árvores da
Itatiba antiga, quando encontravam a casca de uma cobra, ficavam felizes! É
que se* acreditava que a pele que as cobras trocam no decorrer de suas vidas
dá sorte* para os estudantes: eles colocavam aquela pele, que mais parece
plástico, dentro do *caderno*, bem na parte onde estava a matéria mais
difícil, que eles não conseguiam aprender. De acordo com a crença, *o aluno
passava de ano*. (contribuição da Sra. Maria Inês Simões Barbosa).
*Benzimento para "Ramo de Ar":*
Os antigos falavam muito nesse tal *"Ramo de Ar",* que era um reflexo de sol
ou de luz que pegava em cheio no rosto de alguém, causando uma sensação de
mal estar que, geralmente, terminava numa enxaqueca que poderia durar dias.
Ainda hoje se usa o termo, principalmente quando algum raiozinho de sol bate
em espelhos retrovisores ou vidros traseiros e faz alguma vítima - que fica
vendo bolinhas coloridas desfilando diante dos olhos durante horas.
Mas o povo tem remédio para tudo e bom benzedor sabe tirar "ramo de ar". O
benzimento pode ser de várias formas, mas sempre envolve *água*, *arruda* e
muita *fé*. Um dos mais simples e que o próprio "doente" pode fazer é o
seguinte: pega-se *um copo de água,* cobre-se a boca do copo com uma *toalhinha
limpa* e, com um pouquinho de jeito, abaixa-se a cabeça até que a testa
possa tocar na toalhinha bem esticada que cobre a boca do copo.
Quando a boca do copo estiver bem junto à testa, ergue-se a cabeça, não
deixando escorrer a água. O "doente" tem que ficar sentado em algum lugar de
*frente para o sol*, de *olhos fechados*. O copo fica equilibrado sobre a
testa e a água apenas umedece a toalhinha e a pele. A pessoa deve rezar para
que o "ramo de ar" se vá, pedindo a *Deus*, Jesus, aos santos *anjos da
guarda*, ou ao santo de sua devoção, que leve o mal embora.
Geralmente é nesse momento que a água dentro do copo começa a movimentar-se,
como se fervesse. Segundo os benzedores, é porque o "ramo de ar" está indo
embora. Quem quiser, pode até colocar *folhas ou um galhinho de
arruda*dentro de um copo, desde que não se sinta mal com o cheiro
exalado pela
planta. (Contribuição da família Fattori)
*Benzer Susto:*
Antigamente, as mães e avós tinham um instrumento poderoso não só para
cuidar da nutrição da família, mas também para proteger seus entes queridos
contra o mal: o* fogão de lenha*. Quando uma criança levava um susto ou não
conseguia dormir à noite, era levada para junto do fogão e devidamente
benzida com *brasa*. A fórmula podia variar, mas geralmente era esta:
falava-se o nome da criança assustada e, em seguida, dizia-se* "eu vou te
benzer",* com bastante confiança. Pegava-se uma brasa do fogão, com o
auxílio de algum instrumento para não queimar as mãos, e jogava-se a brasa
dentro de *um copo com água*. Se a brasa subisse era porque a criança não
estava assustada e a manha dela era de birra mesmo.
Se a brasa descesse, a criança precisava de ajuda. Aí era preciso colocar um
pouco da água do copo com brasa em um outro copo com água, que seria dada
para a criança beber. O que sobrou da água com a brasa devia ser usada para
borrifar três cantos do cômodo (geralmente a cozinha). Não se borrifa o
canto por onde se sai. O restinho, junto com a brasa, seria jogado no fogo
do fogão de lenha. (Contribuição da família Polessi)
*Benzimento contra a Dor de Barriga: *
Esta fórmula era usada principalmente com crianças. A benzedeira fazia o
seguinte: Colocava uma das mãos na altura da boca do estômago do doente
dizendo *"São Martim deitado".* Colocava então a mão na cintura do doente
continuando a recitar: *"Sur la somente, benza teu male".* E, finalmente, a
benzedeira dizia: *"Cura esse ventre",* descendo a mão ao ventre do doente.
(Contribuição da família Polessi - Bairro da Ponte).
*Benzimento contra a Dor de Cabeça:*
A benzedeira e a pessoa com dor-de-cabeça deveriam *rezar um pai-nosso e uma
ave-maria*, em seguida, a benzedeira colocava *três galhinhos de
arruda*dentro de
*um copo de água*, que era colocado no topo da cabeça do doente. A
benzedeira então dizia: *"Com que eu tiro o sol? Com água da fonte, ramo
verde do monte."* E retirava os galhinho de arruda de dentro do copo,
batendo levemente com elas na testa e na cabeça da pessoa. (Contribuição da
família Polessi - Bairro da Ponte)
*Para curar susto de criança -*
Esta é outra versão do benzimento com brasas. Contribuição da senhora Maria
Inês Simões Barbosa, da Associação dos Escritores, Pintores, Poetas e
Trovadores de Itatiba. Quando uma criança estava assustada, pegava-se *uma
caneca de ágata*. Podia até ser de outro material, mas as benzedeiras
preferiam as de ágata. Colocava-se água (temperatura ambiente) dentro dela
e jogava-se *3 brasas* na *água*. Logo em seguida colocava-se *um
prato*sobre a boca da caneca e era preciso virá-la de uma vez, como
quando
queremos desenformar um bolo. A caneca ficava de cabeça para baixo dentro do
prato. E a água da caneca não podia ser derramada. Então, para finalizar a
simpatia, era preciso fazer uma pequena cruz com *palha*. A cruz era
colocada sobre o fundo da caneca e todo o material era deixado no mesmo
lugar por* 7 dias*. Quando o período terminava, jogava-se a água fora (podia
ser no quintal), com brasas encharcadas e tudo.
*Para as mães de recém-nascidos não pegarem friagem -*
Novamente lembramosque todas essas receitas caseiras eram adotadas numa
época em que era difícil conseguir um médico. Estamos publicando esses
relatos pelo seu valor como folclore, não para que ele seja utilizado para
fins medicinais, o que pode acarretar até problemas ainda mais sérios,
porque não estamos publicando aqui as dosagens que eram utilizadas, nem
temos provas de que realmente funcionavam. E também não sabemos se ocorriam
efeitos colaterais.
Segundo a tradição, mulheres que haviam dado à luz deviam manter *uma dieta
por mais ou menos 40 dias*. Os antigos temiam que as mulheres "pegassem
friagem" durante o período e ficassem doentes. Na época, muitas casas não
tinham forro e o piso era de terra batida. Havia umidade dentro das casas de
fazenda e o perigo era real. Para prevenir alguma doença causada pela
umidade e pelo frio, as mulheres *queimavam arruda com açúcar numa caneca de
alumínio*. Daí jogavam *pinga* sobre o xarope que se formava e em seguida
tomavam a beberagem ainda quente. Isso se repetia pelos 40 dias.
(Contribuição da Sra. Ivone Igarashi, membro da diretoria da Associação dos
Poetas, Pintores e Trovadores de Itatiba).
*Simpatia para fazer a criança andar:*
Dona Josefina Maria de Jesus Almeida, Dona Zefina, morava no bairro do
Corintinha e era procurada por muitas mães que levavam seus bebês para que
ela aplicasse uma *simpatia* que, segundo se dizia, ajudava a
criancinha a *perder
o medo de andar*. Funcionava da seguinte forma: Dona Zefina pegava a criança
nos braços e suspendia o bebê sobre um *pilão*, *um pilão grande e simples*,
dos que se usava para socar café e grãos. Com cuidado, ela baixava e erguia
a criança sobre o pilão três vezes, como se a criança fosse o socador, mas
com movimentos mais lentos. A simpatia era repetida por* três sextas-feiras*.
Depois do benzimento, dona Zefina colocava a criança no chão e vinha
caminhando atrás dela, *passando a vassoura pelo piso* com o intuito de
"cortar" as influências negativas, dizendo:* "-O que eu corto?"* e a mãe da
criança deveria responder: *"- O medo".* Isso era feito mais três vezes.
Dona Zefina era conhecida também como "Vozica" pelos familiares. Muita gente
do bairro certamente se lembra dela. Atualmente, o pilão se encontra na casa
de parentes de Dona Zefina, no Harmonia. A história é contribuição das
famílias Crivelari e Almeida.
*Reza contra os problemas dos olhos:*
Esta oração é dirigida à *Santa Luzia* (ou *Santa Lúcia*). A jovem viveu por
volta do século III d.C. e, segundo a lenda, era filha de uma família
italiana abastada, que lhe deu uma sólida formação cristã. Era tanta a sua
vocação a *Deus* que queria dedicar sua vida a Ele. No entanto, o pai da
jovem faleceu e a mãe queria vê-la casada com um rapaz de outra família
também influente, mas pagã. Há versões diferentes para a história. Algumas
contam que quando descobriu que a moça seguia a doutrina de Cristo, o rapaz
que era apaixonado por ela a denunciou. Ela foi presa e martirizada. Seus
olhos foram arrancados pelos algozes. Outras versões contam que Luzia,
apesar de se negar a casar com o pretendente, continuava sendo perseguida
pelo rapaz. Numa ocasião, o moço teria dito que o olhar de Luzia o havia
enfeitiçado. A própria Luzia teria, então, arrancado os olhos e enviado para
o rapaz, mandando dizer que preferia viver cega a quebrar os votos feitos a
Deus e que, se eram os olhos que o haviam feito perder, que ficasse com
eles.
A *oração de Santa Luzia* deve ser rezada pelo próprio doente, fazendo o
sinal da cruz sobre os olhos, com o polegar da mão direita. Depois de feita
a oração, reza-se um Pai-Nosso e uma Ave-Maria:
*Vem Santa Luzia,
de noite e de dia,
trazer-me esta luz
dos braços da cruz.
*(Fazer o sinal da cruz 3 vezes sobre os olhos)
*Se é nuvem de sangue
e de água formada
Pelo Cristo exangue
Será derramada.
*(Fazer o sinal da cruz 3 vezes sobre os olhos)
*Por Santa Luzia,
Vais ver que esta luz
No céu se produz
*(Fazer o sinal da cruz 3 vezes sobre os olhos)
[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
Adorei as preces de Nossa Senhora da Defesa e de Santa Luzia. Obrigada por compartilhar, querido Grupo Mente e Equilíbrio! Beijos, Gladys:-)
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