Certo dia no Mosteiro, todos estavam assistindo a palestra do dia,
quando um dos assistidos pergunta ao monge Liu-pei,
se ele já falou com Deus?
Isto provoca um desconforto muito grande ao monge,
que não encontra palavras para responder.
O sábio vendo aquela situação, se aproxima de todos e diz:
“Nós já dialogamos naturalmente com Deus, através da oração.
Rezar é quebrar o silêncio. É a necessidade de reconhecer
e ser reconhecido. Rezar é o som criado pelo
mais profundo de nossos sentimentos”.
“Eu não estou falando apenas das preces formais que costumamos
dizer na em nossas casas ou nos locais de oração,
antes de dormir ou durante os encontros religiosos.
Eu falo daqueles vestígios, fragmentos de oração que as pessoas usam,
mesmo dizendo que não acreditam em nada,
sem sequer se darem conta de que estão rezando.
Algo inesperado acontece, e as pessoas dizem ‘Meu Deus!’, ou então,
‘Nossa Senhora!’, e ali está uma prece, muitas vezes escondida,
proferida com vergonha, medo do ridículo, escondida sob a forma de blasfêmia”.
“A oração é um instinto humano de se abrir naquilo que tem de mais profundo.
É impossível evitar este instinto. De uma maneira ou de outra,
todas as pessoas rezam e rezaram deste o início dos tempos”.
Falamos com Deus diariamente, basta observar...
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