PRATICA A APRECIAÇÃO, QUERIDO
Deus disse:
Quando estás zangado, estás tentando controlar. Alguém não fez o que achavas que devia fazer, e agora partes para a afronta. Quem és tu para partir para a afronta? Quem és tu para supervisionar teu irmão? Exatamente quem tu pensas que governas? Governa a ti mesmo, querido.
Quando tens certeza que sabes exatamente o que e como alguém devia fazer as coisas, és suficientemente sábio para guardar teu conselho para ti mesmo. Quem o pediu a ti? Eu não pedi.
És o maestro de uma orquestra, para decidires quem toca que nota e quando? Nem mesmo um maestro tenta transformar um oboé numa flauta, ou um triângulo num tambor, ou um tambor numa tuba. No entanto, não hesitas em tentar transformar alguém em ti mesmo! Tens teu próprio modo de fazer as coisas. Os outros têm o deles. Querido, não és realmente especialista na vida de qualquer outra pessoa. Mantém tuas opiniões, e sabe que isto é tudo o que elas são. Não as distribuas.
Com base em que suposto direito decidirias que teu modo é o modo correto para outra pessoa? Mesmo se, por alguma possibilidade remota, estiveres certo, como supões que determinarias o que os outros são obrigados a fazer e quando? Eles precisam se adaptar às tuas preferências? Querido, tens tua hierarquia de padrões, e eles têm as deles.
Quando te pegares descobrindo falhas na metodologia de outra pessoa, pára. Em vez disso, diz alguma coisa positiva. Quando tiveres vontade de descobrir defeitos e pôr em ação algum poder que pensas que é teu, pára. Volta tua atenção para outra coisa. Ninguém te nomeou chefe do universo! Quanto mais certeza tiveres de que estás certo, pára. Estás querendo mandar em alguém. Até mesmo os chefes têm limites. Existe uma linha que não se deve atravessar. Seja ela sutil ou declarada, provocação é provocação. Precisas saber o suficiente para não sobrepores tua própria vontade à de outra pessoa. Que autoridade alegas ter sobre os outros? Quando fores perfeito, talvez então possas atirar a primeira pedra. Mesmo assim, enquanto não estiveres na pele do outro, não podes saber se farias melhor. Pensas que farias. Mas também pode ser que não o farias. Pode ser que não agüentarias um minuto.
Alunos criticam seus professores. Os professores criticam seus alunos. Será que eles não poderiam dar uma folga uns aos outros?
Professores e alunos estão fazendo o melhor que sabem fazer em qualquer momento. Podes lhes dar crédito por isto. É melhor que agora professores e alunos se reúnam em uma área de compaixão e respeito. Nem o aluno nem o professor são perfeitos, no entanto eles têm o direito de ter suas próprias percepções. As aulas serão diferentes, quando professores e alunos pararem para reverenciar uns aos outros. O mundo será diferente.
Antes de analisar as atitudes dos outros, analisa a tua própria. Antes de tentar simplificar os hábitos dos outros, simplifica os teus. Cada pessoa tem seu próprio ritmo com o Universo. Não tentes intrometer-te no dos outros. Os outros têm direitos que não te pertencem. Não foste designado o consertador da visão que as outras pessoas têm do mundo. Tuas prioridades são tuas prioridades. Deves poder ter as tuas, e deves permitir que os outros tenham as deles.
Quando tens vontade de te responsabilizares pelo modo com que outra pessoa se comporta no mundo, este é um sinal de que está na hora de analisares tuas próprias maneiras de te comportares.
Talvez sintas que estás assumindo uma honrosa responsabilidade quando instruis os outros sobre como viver suas vidas e utilizar o tempo deles. Existe uma diferença entre responsabilidade e intromissão.
És responsável pelos erros que encontras. Teu vizinho não é. Tira o cisco do teu próprio olho. Não te preocupes em descobrir falhas. Encontra algo para apreciar, em vez disso. Pode ser que te seja mais fácil encontrar erros e mais difícil encontrar apreciação. O que podes fazer agora, a não ser praticar a apreciação, querido? Pratica a apreciação.
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Fernanda
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