10/11/2010

A HISTÓRIA DO HINO DA UMBANDA

*“Amigos são como o vento...É impossível prendê-los entre as mãos..
.Eles as vezes tem outra direção,Um caminho que não é o nosso...
Amigos são como o vento...As vezes “furacão“, invadindo nossas vidas...
As vezes “brisa“, acariciando nossa alma.Amigos são como ventos...
As vezes perto, as vezes longe...Mas eternamente em nosso coração.“ 

História do Hino da Umbanda

Olá irmãos de fé cantamos com todo fervor o Hino da Umbanda
mas a grande maioria não conhece a origem de tão importante
símbolo da nossa Religião. Vamos lá:

É uma história muito bonita. Este hino é cantado em todos os
Terreiros e não
há nenhum umbandista que não se emocione quando é
cantada esta melodia.
Nascido em 05 de Agosto de 1907 em Monção, Portugal,
José Manuel Alves,
já em sua terra natal era ligado à música, tendo dos 12 aos 22 anos tocado
clarineta na Banda Tangilense, em sua cidade natal.


Com pouco mais de 20 anos, em 1929, vem para o Brasil, indo residir no
interior
do estado de São Paulo. No mesmo ano, mudou-se para a capital paulista,
ingressando na Banda da Força Pública, onde ocupou vários postos,
aposentando- se como capitão.


Em paralelo a esta função exerceu a carreira de compositor de Músicas
Populares e, ao longo da mesma compôs dezenas de músicas as quais
foram gravadas por famosos intérpretes da época: Irmãs Galvão, Osni
Silva, Ênio Santos, Grupo Piratininga, Carlos Antunes e Carlos Gonzaga
entre outros.


Suas composições mais famosas foram: Em 1955, Juanita Cavalcanti
gravou a marcha "Pombinha Branca" de sua autoria em parceria com
Reinaldo Santos; em 1956, Zaccarias e sua Orquestra gravaram o dobrado
"Quarto Centenário", de sua parceria com Mário Zan. Compôs ainda valsas,
xotes, dobrados, baiões, maxixes e outros gêneros musicais. Em 1957,
realizou sua única gravação no antigo disco de vinil, o "LP", acompanhado
de sua banda, pela gravadora a RCA Victor.


Mas … e a Umbanda? Aonde entra? Para a Umbanda, e para vários
Terreiros compôs diversos pontos gravados por diversos intérpretes,
como por exemplo, "Saravá Banda" gravado em 1961 por Otávio de
Barros, "Prece a Mamãe Oxum" gravado em 1962 pela cantora Maria
do Carmo.


Além destes temos: "Pombinha branca" (com Reinaldo Santos),
"Ponto de Abertura" (com Terezinha de Souza e Vera Dias), "Ponto
dos Caboclos", "Prata da Casa", "Prece a Mamãe Oxum", "Xangô Rolou
a Pedra", "Xangô, Rei da Pedreira", "São Jorge Guerreiro", "Saravá Oxóssi",
"Homenagem à Mãe Menininha" (c/ Ariovaldo Pires), Saudação aos Orixás,
além do Hino da Umbanda.


Mas como foi estabelecida a sua ligação com a Umbanda? Cego de nascença,
José Manuel Alves foi, no início da década de 60, em busca de sua cura.
Foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade do médium
Zélio de Morais, fundadores da Umbanda na materialidade.


Embora não tenha conseguido sua cura porque, segundo consta, sua
cegueira era de origem cármica, José Manuel Alves ficou apaixonado
pela religião e, ainda em 1960, fez o Hino da Umbanda para mostrar
que esta Luz Divina, que vem do Reino de Oxalá, não é para ser vista com
os olhos físicos, que voltarão ao pó, mas sim com olhos do espírito,
no encontro da mente com o coração.


O Hino foi apresentado ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou
tanto do mesmo que resolveu apresentá-lo como Hino da Umbanda no
2º Congresso de Umbanda em 1961, sendo oficializado na 1ª Convenção
do CONDU-Conselho Nacional Deliberativo de Umbanda em março de 1976.
Podemos nesta pequena história ver que este hino é fruto de um amor muito
grande pela Umbanda, amor este oriundo de uma fé profunda, daquelas
obtidas com a humildade e a resignação ante ao Conjunto de Leis do Pai Maior.

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