10/02/2011
Homossexualismo
Resposta do Espírito de Inácio Ferreira a uma pergunta de uma irmã.
Minha irmã, você me escreve, falando da condição homossexual de um de seus filhos, ainda relatando que em sua família existem mais três outros casos, e me solicita algumas palavras.
Primeiro, devo dizer a você que a condição sexual da criatura igualmente é uma incógnita na Esfera Espiritual em que, presentemente, me encontro domiciliado. A Psiquiatria, além da morte, está muito longe de desvendar todos os mistérios da psique humana.
Em segundo lugar, não há motivo algum para que você ou alguém venha a considerar o seu filho, como uma aberração nem tampouco como fenômeno relacionado a carma do passado. Como muitos espíritas costumam generalizar todos os problemas com os quais não conseguem atinar em suas causas profundas.
Não é verdade que todo homossexual esteja em expiação sobre a face da Terra, mesmo porque os maiores entraves ao progresso geral da Humanidade são causados pelos heterossexuais — são eles que fazem as guerras, que corrompem e são corrompidos, que, enfim, sob a aparência de normalidade, são anormais.
Veja bem que não estou me referindo aos pedófilos, que, sob a minha óptica, merecem cadeia e tratamento. Jesus, no Evangelho de Mateus, cap. 19, versículo 12, a eles se referiu quando denunciou que “há eunucos que pelos homens foram feitos tais...” Antes que alguém me corrija, aviso que estou empregando o termo “eunuco” por extensão, para significar não os seres assexuados, que não existem, mas aqueles que, do ponto de vista psíquico, lidam com inversões no campo da sexualidade.
Então, conforme lhe ia dizendo, não considere que o seu filho, em vidas pretéritas, tenha, necessariamente, cometido excessos em suas experiências sexuais. Se assim fosse, minha irmã, o mundo estaria repleto de homossexuais! Quantos não são os adúlteros e os que praticam sexo de maneira leviana e irresponsável?!
Para mim, a questão mais grave ligada, especificamente, à homossexualidade é a promiscuidade, ou seja, aquele que busca o prazer pelo prazer e não cultiva afeição por ninguém. Para coibir semelhantes abusos é que as doenças sexualmente transmissíveis, dentre as quais a AIDS, estão no mundo! Neste sentido, penso que deveria surgir uma peste capaz de dizimar os que fomentam a indústria da guerra e o tráfico de drogas! Quem sabe, a Misericórdia Divina possa se compadecer e, de maneira súbita, providenciar a desencarnação de todos os traficantes, os estupradores, os sequestradores e os que desviam verbas destinadas à Educação, à Saúde e às melhores condições de vida da população. (Vá sonhando, Inácio! Vá sonhando!)
Mas voltemos à questão específica de seu filho. Se ele fosse meu, eu simplesmente lhe diria: — Meu filho, seja digno! Eis a única coisa que lhe peço! Não viva por aí trocando de parceiro e achando que sexo é a melhor coisa que existe, porque não é. Trabalhe e ganhe, honestamente, o pão de cada dia. Não brinque com os sentimentos de ninguém. Sobretudo, não se esqueça de que o tempo, que passa para todo o mundo, também há de passar para você, e, na velhice, nada há pior que o desencanto! Que, amanhã, você possa olhar para trás, sem ter tanto do que se arrepender.
Outra coisa: diga a ele que, se alguns espíritas costumam discriminar as pessoas pela sua opção sexual, o Espiritismo não discrimina, não! Como dizia Chico Xavier, essa questão da homossexualidade se acentuou nos mosteiros e nos conventos, e, com uma exceção ou outra, quase todos, os que hoje estamos na Doutrina, demos uma passadinha por lá...
Espero que estas minhas palavras sinceras, possam confortar o seu coração de mãe e que sirvam a todas as famílias, de todos os níveis culturais e sociais, que sei andarem às voltas com aflições semelhantes.
O homossexualismo deve ser compreendido por nós outros como uma das muitas experiências que o espírito vivencia em sua trajetória, para que, finalmente, aprenda a verdadeiramente amar para além dos implementos genésicos que o caracterizam como homem ou mulher!
Com o meu carinho, o irmão sempre agradecido,
INÁCIO FERREIRA
Uberaba - MG, 8 de setembro de 2009
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Fernanda
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