11/10/2010

OFERENDAS PARA AS CRIANÇAS NA UMBANDA

Criança - Oferenda:*

*Material*:
- 2 maria-mole branca
- 1 maria-mole rosa
- prato de papelão
- 3 copos de guaraná
- 3 balas (qualidades diferentes)
- pipoca (forrar em volta do prato)
- 7 velas de são cosme e damião ou velas coloridas de aniversário

Arrumar tudo no prato de papelão e acender as velas em volta fazendo seus
pedidos.
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*Material*:
- 3 ovos (tirar as claras)
- Açúcar
- nomes da(s) pessoa(s)
- 2 velas (cada uma contendo o nome de um do casal)

Bater as claras com o papel com os nomes e o açúcar, até ficar em forma de
neve, dizendo:
*"Cosme e Damião jogue esse nego no chão".*

Acender as velas contendo os nomes e fazer o pedido do que se quer.
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**AS **C**R**I**A**N**Ç**A**S** **NA UMBANDA****

A *linha das crianças*, cujos membros baixam nos centros de Umbanda, é
de todas a mais misteriosa.

Esses *espíritos infantis *nos surpre­en­dem pela ternura, inocência,
argúcia, carinho e amor que vibram quando baixam em seus médiuns.

O arquétipo não foi fornecido pelo lado material da vida, pois uma criança
com seus 7, 8 ou 9 anos de idade, por mais inteligente que seja, não está
apta intelectualmente a orientar adultos ator­mentados por profundos
desequi­líbrios no espírito ou na vida material.

Quem forneceu o arquétipo foram os *seres *que de­nominamos *"encanta­dos
da natureza".*

Não foi baseado em *espíritos de crian­ças* que desencarnaram que essa
linha foi fundamentada, e sim nas *cri­an­­ças encan­tadas da natureza*, que
os aco­lhem em seus vastos reinos na na­tureza em seu lado espiritual e
os am­param até que cresçam e alcancem um novo estágio evo­lu­tivo, já
como espí­ri­tos naturais.

Os *espíritos *que se manifestam na *li­nha das crianças* atendem pessoas
e auxiliam-nas com seus passes, seus ben­zi­mentos e suas magias
elementais, tudo isso feito com alegria e simpli­cidade enquanto brincam com
seus carrinhos, apitos, bonecas e outros brin­­quedos bem caracterizadores
do seu arqué­tipo. Ele é tão forte que adul­tos encar­na­dos sisudos
se transfiguram e se tornam irreconhecíveis quando incor­poram sua criança.

A presença desses *espíritos infantis* é tão marcante que mudam o ambiente
em pouco tempo, descontraindo todos os que estiverem à volta deles.

Todo arquétipo só é verdadeiro se for fundamentado em algo pré-exis­tente.
O arquétipo "Caboclo" funda­men­­tou-se no índio brasileiro e no
sertanejo mestiço. O arquétipo "Preto-Velho" funda­men­tou-se no negro já
an­cião, rezador, mandingueiro e curador.

O arquétipo "Criança" fundamen­tou-se na inocência, na franqueza e na
ingenuidade dos seres encantados ainda na primeira idade: a infantil.

E, caso não saibam, há dimensões inteiras habitadas só por espíritos
nesse estagio evolutivo conhecido, no lado ocul­to da vida, como *"estágio*
*encan­tado"*. Nessas dimensões da vida há eles e suas mães encantadas,
todas elas devotadas à educação moral, cons­ciencial e emocional, contendo
seus excessos e direcionando-os à senda evolucionista natu­ral, pois eles
não serão en­viados à dimensão hu­mana para encar­na­rem.

A elas compe­te supri-los com o indis­pensável para que não entrem em
de­pressão e caiam no autismo ou regres­são emocional, muito comum
nessas dimensões.

Nelas há reinos encantados muito mais belos do que os "contos de fadas"
do imaginário popular foi capaz de des­crever ou criar.

Cada reino tem uma senhora, uma mãe encantada a regê-lo. E há toda uma
hierarquia a auxiliá-la na manu­tenção do equilíbrio para que os milha­res
de espíritos infantis sob suas guar­das não regridam, e sim, amadureçam
lentamente até que possam ser condu­zidos ao estágio evolutivo posterior.

O arquétipo é forte e poderoso porque por trás dele estão as mães
Orixás, sustentando-o, e também es­tão os pais *Orixás*, guardando-o e
ze­lan­do pela integridade desses *espíritos infantis.*

A literatura existen­te sobre esse estágio se restringe a alguns livros de
nossa auto­ria que abordam o está­gio encantado da evolução dos espíritos.

Mas que ninguém duvide da exis­tên­cia dele porque ele realmente existe e
não seriam "crianças" humanas recém-desencarnadas e que nada sabiam da
magia que iriam realizar os prodígios que os "*Erês*" realizam em benefício
dos freqüentadores das suas sessões de trabalhos ou com forças da
natureza quando oferendados em jardins, à beira-mar, nas cachoeiras ou em
bosques frutíferos.

Há algo muito forte por trás do arquétipo e esse algo são os *Orixás*
encantados, os regentes da evolução dos espíritos ainda na "primeira idade".

Para conhecerem melhor o estágio encantado da evolução, recomenda­mos
a leitura do livro de nossa autoria *A Evolução dos Espíritos*, editado pela
Madras.

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