Ativando o diálogo com Deus
por Maria Silvia Orlovas -morlovas@terra.com.br
Comigo é bem comum tentar decifrar as mensagens de Deus. Porque nem sempre parecem claras e sempre quis muito descobrir e cumprir minha missão de vida. Penso que cheguei numa fase em que procuro ter paz, mais do que uma felicidade fugaz, e sinto muita esta paz quando sei que estou seguindo o caminho desenhado por Deus, e compreendo que é por ali que devo seguir.
Já fiz milhares de tentativas para alcançar a felicidade, já fui consumista, não exageradamente, mas tenho que confessar que adorava comprar roupas e coisas para casa. Bastava ver algo bonito que queria comprar, e como não tinha recursos para tanto, sempre ficava meio triste, porém, como sou muito disposta a vencer desafios, uma espécie de guerreira incansável, essa precariedade me fez desenvolver uma veia criativa muito forte. Aprendi a cozinhar, costurar, bordar, fazer minhas roupas, almofadas e cortinas para casa.
Para satisfazer um desejo de ter coisas belas, desenvolvi talentos artísticos, o que no final foi muito bom. Será que Deus ali estava me ensinando a me movimentar, aprender outras coisas? Lutar pela vida? Valorizar conquistas?
Um outro movimento bem interessante, que hoje percebo, a atuação da palavra de Deus, manifestou-se no desenvolvimento de minhas habilidades mediúnicas. Nesse aspecto, também trabalhei bastante para lapidar um dom natural. Claro que gostava de assuntos ligados à espiritualidade, desde cedo li bastante, mas foi o sofrimento de relacionamentos falidos que me levaram a procurar Deus e explicações espirituais. Queria tanto ser amada, amar, acertar, que não impus restrições, chorei e pedi ajuda, queria o colo de Deus e seu direcionamento.
Será que vivendo tantas desilusões, Deus estava me incentivando a abrir o pensamento e o coração encontrando um outro jeito de me guiar e de pensar? Mas por que Deus, sendo nosso Pai, nossa Mãe, nossa origem não nos fala diretamente? E sem sofrimento?
Aliás, essa história de falar com Deus sugere muitas interpretações. Já vi muita gente errando, por falta de amor, orientação, ou seja lá por que, e colocando a culpa em Deus. Mas o que fazer se o todo poderoso não se limita a esta ou aquela religião, ou este ou aquele povo. Como entender essa sua linguagem universal num mundo cheio de gente com pensamentos diferentes? Linguagens diferentes. Cada um com suas crenças, formas de viver, cultura e desejos?
Como será que Ele está em mim, em nós, e no cara que vive no outro lado do mundo? E ainda é íntimo o suficiente para curar dores de amor e falar ao coração? Como perceber Deus quando estamos contrariados com os resultados à nossa volta?
Principio único, universal, e ao mesmo tempo espalhado na criação. Qual será sua linguagem se não a do amor, da tolerância, e da boa vontade, mesmo quando não o compreendemos?
Tanta boa vontade que mesmo sem a gente notar, ou reconhecer sua presença, acolhe-nos no escuro do quarto quando fazemos nossas preces. Tanto amor que mesmo quando erramos podemos ser perdoados, e acolhidos.
Quem em algum momento já não provou de sua misericórdia, quando num engano, agrediu sem perceber, e teve a chance de voltar atrás?
Porém, ainda assim, sabendo que sua palavra é amor, muitas vezes nos sentimos perdidos, sem conexão com Ele, sem conseguir entender sua linguagem. Tudo isso, porque somos profundamente condicionais no amor e nos resultados. Queremos as coisas do nosso jeito, queremos a felicidade que traçamos para nós, queremos que as pessoas nos compreendam do jeito que somos, e de preferência que tudo de certo. Que tenhamos um bom emprego, que o corpo seja perfeito, de preferência esbelto, e que nunca nossos filhos ou familiares nos tragam problemas. Queremos uma boa casa, viajar sempre quando possível, e o mais importante, um amor cheio de parceria e paixão. Bacana tudo isso, mas se tudo seguisse a nossa ordem, onde treinaríamos as nossas habilidades?
Olho para minha vida e penso que se tivesse tido tudo fácil, provavelmente, daria pouco ou nenhum valor as coisas pequenas do dia a dia. Talvez não soubesse olhar o sol da manhã iluminando docemente as arvores da minha rua aqui em São Paulo. Provavelmente, para apreciar esse pequeno presente de Deus, precisaria estar num outro local, no mínimo, mais charmoso como uma praia ou o alto de uma montanha.
Com certeza, se tivesse logo me casado com um bom homem e vivesse com ele uma relação afetiva saudável, jamais soubesse olhar com entendimento e compaixão as histórias das pessoas que trato diariamente na minha função de terapeuta. Sem dúvida, o caminho teria sido outro bem diferente. Hoje tenho compreensão e aceitação para o meu passado, e sei que em cada lágrima que derramei continha também um pedacinho do meu Ego que estava sendo derretido pelo sofrimento, pois esse inseparável companheiro sempre quis comandar a minha história, e vestir o meu mundo apenas de vitorias.
Continuo não gostando de derrotas, nem de casa desarrumada, nem de doenças, mas sei que tudo isso faz parte, e que cada vez que Ele, nesse caso Deus, nos coloca um desafio, está ali também uma chance de aprender e fazer diferente.
Fico feliz por ser agora mais madura. Meus cinqüenta anos me permitiram ganhar, além de algumas rugas, uma visão que precisa de óculos, e alguns quilinhos a mais, uma atitude mais amorosa e contemplativa. Não espero mais tanto das pessoas, hoje tenho a sabedoria do deixar fluir e de não querer tudo do meu jeito. Respeito mais o tempo das pessoas e quero, do fundo do coração, aprender ouvir a palavra de Deus na fala delas.
Agradeço o Deus que se manifesta nas mãos do padeiro que todos os dias, sem nem me conhecer, me oferece um delicioso pãozinho que todo mundo também pode ter. Agradeço a paciência dos meus familiares que já me conhecem, e sabem que sou impulsiva, e me perdoam por isso. Agradeço, sobretudo, a este invisível princípio que começo ver em cada um, que passa por mim.
Será que finalmente começo a entender um pouco melhor a palavra de Deus? E você o que pensa disso? Já consegue perceber que Deus o ama e dialoga com você nos detalhes da vida e até nas contrariedades porque sabe que você pode vencê-las?
Já fiz milhares de tentativas para alcançar a felicidade, já fui consumista, não exageradamente, mas tenho que confessar que adorava comprar roupas e coisas para casa. Bastava ver algo bonito que queria comprar, e como não tinha recursos para tanto, sempre ficava meio triste, porém, como sou muito disposta a vencer desafios, uma espécie de guerreira incansável, essa precariedade me fez desenvolver uma veia criativa muito forte. Aprendi a cozinhar, costurar, bordar, fazer minhas roupas, almofadas e cortinas para casa.
Para satisfazer um desejo de ter coisas belas, desenvolvi talentos artísticos, o que no final foi muito bom. Será que Deus ali estava me ensinando a me movimentar, aprender outras coisas? Lutar pela vida? Valorizar conquistas?
Um outro movimento bem interessante, que hoje percebo, a atuação da palavra de Deus, manifestou-se no desenvolvimento de minhas habilidades mediúnicas. Nesse aspecto, também trabalhei bastante para lapidar um dom natural. Claro que gostava de assuntos ligados à espiritualidade, desde cedo li bastante, mas foi o sofrimento de relacionamentos falidos que me levaram a procurar Deus e explicações espirituais. Queria tanto ser amada, amar, acertar, que não impus restrições, chorei e pedi ajuda, queria o colo de Deus e seu direcionamento.
Será que vivendo tantas desilusões, Deus estava me incentivando a abrir o pensamento e o coração encontrando um outro jeito de me guiar e de pensar? Mas por que Deus, sendo nosso Pai, nossa Mãe, nossa origem não nos fala diretamente? E sem sofrimento?
Aliás, essa história de falar com Deus sugere muitas interpretações. Já vi muita gente errando, por falta de amor, orientação, ou seja lá por que, e colocando a culpa em Deus. Mas o que fazer se o todo poderoso não se limita a esta ou aquela religião, ou este ou aquele povo. Como entender essa sua linguagem universal num mundo cheio de gente com pensamentos diferentes? Linguagens diferentes. Cada um com suas crenças, formas de viver, cultura e desejos?
Como será que Ele está em mim, em nós, e no cara que vive no outro lado do mundo? E ainda é íntimo o suficiente para curar dores de amor e falar ao coração? Como perceber Deus quando estamos contrariados com os resultados à nossa volta?
Principio único, universal, e ao mesmo tempo espalhado na criação. Qual será sua linguagem se não a do amor, da tolerância, e da boa vontade, mesmo quando não o compreendemos?
Tanta boa vontade que mesmo sem a gente notar, ou reconhecer sua presença, acolhe-nos no escuro do quarto quando fazemos nossas preces. Tanto amor que mesmo quando erramos podemos ser perdoados, e acolhidos.
Quem em algum momento já não provou de sua misericórdia, quando num engano, agrediu sem perceber, e teve a chance de voltar atrás?
Porém, ainda assim, sabendo que sua palavra é amor, muitas vezes nos sentimos perdidos, sem conexão com Ele, sem conseguir entender sua linguagem. Tudo isso, porque somos profundamente condicionais no amor e nos resultados. Queremos as coisas do nosso jeito, queremos a felicidade que traçamos para nós, queremos que as pessoas nos compreendam do jeito que somos, e de preferência que tudo de certo. Que tenhamos um bom emprego, que o corpo seja perfeito, de preferência esbelto, e que nunca nossos filhos ou familiares nos tragam problemas. Queremos uma boa casa, viajar sempre quando possível, e o mais importante, um amor cheio de parceria e paixão. Bacana tudo isso, mas se tudo seguisse a nossa ordem, onde treinaríamos as nossas habilidades?
Olho para minha vida e penso que se tivesse tido tudo fácil, provavelmente, daria pouco ou nenhum valor as coisas pequenas do dia a dia. Talvez não soubesse olhar o sol da manhã iluminando docemente as arvores da minha rua aqui em São Paulo. Provavelmente, para apreciar esse pequeno presente de Deus, precisaria estar num outro local, no mínimo, mais charmoso como uma praia ou o alto de uma montanha.
Com certeza, se tivesse logo me casado com um bom homem e vivesse com ele uma relação afetiva saudável, jamais soubesse olhar com entendimento e compaixão as histórias das pessoas que trato diariamente na minha função de terapeuta. Sem dúvida, o caminho teria sido outro bem diferente. Hoje tenho compreensão e aceitação para o meu passado, e sei que em cada lágrima que derramei continha também um pedacinho do meu Ego que estava sendo derretido pelo sofrimento, pois esse inseparável companheiro sempre quis comandar a minha história, e vestir o meu mundo apenas de vitorias.
Continuo não gostando de derrotas, nem de casa desarrumada, nem de doenças, mas sei que tudo isso faz parte, e que cada vez que Ele, nesse caso Deus, nos coloca um desafio, está ali também uma chance de aprender e fazer diferente.
Fico feliz por ser agora mais madura. Meus cinqüenta anos me permitiram ganhar, além de algumas rugas, uma visão que precisa de óculos, e alguns quilinhos a mais, uma atitude mais amorosa e contemplativa. Não espero mais tanto das pessoas, hoje tenho a sabedoria do deixar fluir e de não querer tudo do meu jeito. Respeito mais o tempo das pessoas e quero, do fundo do coração, aprender ouvir a palavra de Deus na fala delas.
Agradeço o Deus que se manifesta nas mãos do padeiro que todos os dias, sem nem me conhecer, me oferece um delicioso pãozinho que todo mundo também pode ter. Agradeço a paciência dos meus familiares que já me conhecem, e sabem que sou impulsiva, e me perdoam por isso. Agradeço, sobretudo, a este invisível princípio que começo ver em cada um, que passa por mim.
Será que finalmente começo a entender um pouco melhor a palavra de Deus? E você o que pensa disso? Já consegue perceber que Deus o ama e dialoga com você nos detalhes da vida e até nas contrariedades porque sabe que você pode vencê-las?
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