20/02/2013

Homossexualismo na visão espirita

Homossexualismo na Visão Espírita Paulo da Silva Neto Sobrinho “A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetivacom uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudospsicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luzda reencarnação” (Xavier) Espírito Emmanuel 1 Introdução Tema que ainda gera muita polêmica em nosso meio, surgindo naturais divergências de opiniões quando esse assunto entra em pauta. Mas intransigência, intolerância e falta de compreensão é o que se vê na maioria das pessoas que não conseguem vislumbrar que existe o outro lado da moeda. Falta a muitos a capacidade de ver nessas pessoas irmãos em doloroso estágio evolutivo. Não percebem que o sofrimento deles é tanto que, em alguns casos, tiram-lhes a vontade de viver. Quantos já não abandonaram a vestimenta carnal, como fuga ao insuportável preconceito de que sofrem? Quantos não se isolam, entre quatro paredes, evitando o contato com a sociedade que lhes repelem como se estivesse diante de uma asquerosa doença contagiosa. Ouvimos de várias pessoas que Kardec não fala sobre esse assunto, o que nos incentivou a pesquisá-lo em suas obras para ver qual é a realidade. Embora muitos, com certeza, não saibam que, mesmo sem falar especificamente sobre esse assunto, Kardec diz algo a esse respeito. Entretanto, como a maioria dos espíritas mal mal só lê o tal do “Pentateuco Kardequiano”, dificilmente irá encontrar a opinião do codificador do Espiritismo, pois somente na Revista Espírita é que ele faz sua abordagem ao tema. Opinião de Kardec Em janeiro de 1866, na Revista Espírita, quando analisa o assunto “As mulheres têm uma alma?”, ele diz o seguinte: (...) As almas ou Espíritos não têm sexo. As afeições que as une nada têm de carnal, e, por isto mesmo, são mais duráveis,porque são fundadas sobre uma simpatia real, e não são subordinadas às vicissitudes da matéria. (...) Os sexos não existem senão no organismo; são necessários à reprodução dos seres materiais; mas os Espíritos, sendo a criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, é por isto que os sexos seriam inúteis no mundo espiritual. Os Espíritos progridem pelo trabalho que realizam e as provas que têm que suportar, como o operário em sua arte pelotrabalho que faz. Essas provas e esses trabalhos variam segundo a sua posição social. Os Espíritos devendo progredir emtudo e adquirir todos os conhecimentos, cada um é chamado a concorrer aos diversos trabalhos e a suportar os diferentesgêneros de provas; é por isto que renascem alternativamente como ricos ou pobres, senhores ou servidores operários dopensamento ou da matéria. Assim se encontra fundado, sobre as próprias leis da Natureza, o princípio da igualdade, uma vez que o grande davéspera pode ser o pequeno do dia de amanhã, e reciprocamente. Deste princípio decorre o da fraternidade, uma vez que, nas relações sociais, reencontramos antigos conhecimentos, e que no infeliz que nos estende a mão pode se encontrarum parente ou um amigo. É no mesmo objetivo que os Espíritos se encarnam nos diferentes sexos; tal que foi um homem poderá renascermulher, e tal que foi mulher poderá renascer homem, a fim de cumprir os deveres de cada uma dessas posições, e delassuportar as provas. A Natureza fez o sexo feminino mais frágil do que o outro, porque os deveres que lhe incumbem não exigem uma igualforça muscular e seriam mesmo incompatíveis com a rudeza masculina. Nele a delicadeza das formas e a fineza dassensações são admiravelmente apropriadas aos cuidados da maternidade. Aos homens e às mulheres são, pois, dadosdeveres especiais, igualmente importantes na ordem das coisas; são dois elementos que se completam um pelo outro. O Espírito encarnado sofrendo a influência do organismo, seu caráter se modifica segundo as circunstâncias e se dobraàs necessidades e aos cuidados que lhe impõem esse mesmo organismo. Essa influência não se apaga imediatamentedepois da destruição do envoltório material, do mesmo modo que não se perdem instantaneamente os gostos e os hábitosterrestres; depois, pode ocorrer que o Espírito percorra uma série de existências num mesmo sexo, o que faz que, durantemuito tempo, ele possa conservar, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher do qual a marca permaneceu nele. Não é senão o que ocorre a um certo grau de adiantamento e de desmaterialização que a influência da matéria se apaga completamente, e com ela o caráter dos sexos. Aqueles que se apresentam a nós como homens ou comomulheres, é para lembrar a existência na qual nós os conhecemos. Agora vem o principal do texto, que fala exatamente do assunto que estamos tratando: Se essa influência repercute da vida corpórea à vida espiritual, ocorre o mesmo quando o Espírito passa da vidaespiritual à vida corpórea. Numa nova encarnação, ele trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito; se foravançado, fará um homem avançado; se for atrasado, fará um homem atrasado. Mudando de sexo, poderá, pois, sob essaimpressão e em sua nova encarnação, conservar os gostos, as tendências e o caráter inerentes ao sexo que acaba dedeixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes que se notam no caráter de certos homens e de certas mulheres. (RE 1866, pp. 3-4). Foi-nos necessário colocar o texto um pouco mais longo, pois, caso contrário, a idéia de Kardec poderia não ficar bem clara. O pensamento de Kardec não deixa nenhuma margem à dúvida: “assim se explicam certas anomalias aparentes que se notam no caráter de certos homens e de certas mulheres”. Ora, se fala em “anomalias aparentes” é porque ele, Kardec, admite tais situações como dentro da normalidade, o que em outras palavras, poderíamos dizer como coisas completamente naturais. Opinião de autores espíritas Dr. Hernani de Guimarães Andrade, foi, segundo cremos, quando encarnado entre nós, o maior pesquisador brasileiro sobre o assunto reencarnação. Podemos ver sua opinião, a respeito desse assunto, em seus livros Espírito, Perispírito e Alma e Você e a Reencarnação, nos quais dedica, em cada um, um capítulo ao tema. Vejamos o que coloca nesse último: Por que Reencarnação? Em outubro de 1969, tomamos contacto com o primeiro caso de reencarnação por nós investigados, a pedido do Dr. Ian Stevenson. Daí em diante passamos a levantar e a investigar outros mais, por nossa própria iniciativa. Desse modo, em1972, já nos encontrávamos familiarizados com essa área de pesquisa. A leitura de diversas obras versando sobre a reencarnação e suas pesquisas científicas consolidou ainda mais a nossacrença de que, talvez, a reencarnação fosse uma das causas do homossexualismo, se não a única. Entre os autores queconsultáramos figuraram: Muller (1970), Banerjee (1964, 1965) e Stevenson (1966). Mas, naquela ocasião, não era só a explicação das causas do homossexualismo que visávamos descobrir. Narealidade, esperávamos obter também mais uma fonte de evidência de apoio à idéia da reencarnação. O plano inicial era, partindo da investigação por meio da regressão de memória, chegar à causa do comportamento homossexual do paciente. Seria uma explicação do homossexualismo e, ao mesmo tempo, uma evidência da reencarnação. Outro ponto importante era fornecido pela pesquisa direta de casos de reencarnação efetuados por nós, com evidênciasda possibilidade de troca de sexos, e sustentados em base de relatos de casos semelhantes de outros investigadores. Tudo apontava em direção à validade da nossa hipótese de trabalho. Em suma, a nossa suspeita de que a troca desexo de uma encarnação para outra talvez fosse, em certas circunstâncias, a principal causa do homossexualismo, masnão a única, especialmente a do transexualismo parecia emergir cada vez mais clara. Existem três modalidades de homossexuais Para que o leitor ainda pouco familiarizado com a questão do homossexualismo, lembramos que, basicamente, distinguem-se três modalidades de homossexuais: 1 – O homossexual genérico, cuja característica fundamental é a atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Ohomossexual possui o impulso erótico dirigido para indivíduos de seu próprio sexo. No heterossexual esse impulso parece não depender exclusivamente da carga hormônica no organismo. O indivíduocastrado geralmente perde o apetite sexual, mas não muda a direção da atração pelo outro sexo. No homossexual, embora muitos deles possuam órgãos sexuais normais, bem como cargas hormonais suficientes ecom atividade sexual normal, verifica-se a impulsão erótica em direção aos indivíduos do mesmo sexo. Nestes casos, ohomossexualismo pode ter-se desenvolvido em razão de outros fatores que não a troca de sexo proveniente da reencarnação. Tais fatores podem ser os familiares e educacionais. Há também os circunstanciais, resultantes desituações especiais como, por exemplo, promiscuidade em cárceres, internatos, conventos, comunidades místico-religiosas, iniciações em seitas esdrúxulas, etc. etc. Os homossexuais podem formar pares (casais) em que um deles exerce o papel ativo nas relações sexuais. No caso dosexo masculino, esta diferenciação torna-se mais definida. 2 – O travesti é aquele indivíduo que procura assumir a aparência dos de sexo oposto. Nem todo travesti é sistematicamente homossexual, assim como nem todo homossexual é obrigatoriamente travesti. 3 – O transexual é a modalidade mais típica do homossexualismo. Neste caso, o indivíduo se sente uma pessoa dedeterminado sexo, ocupando um corpo

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